2007-10-08

Limites auto-impostos

Vivemos a nos impor limites, muitos mais do que a sociedade exige de nós. A verdade é que se não nos limitássemos, a vida em sociedade seria impossível. Entretanto, muitos dos limites que nos impomos não fazem sentido, existem como pretexto, estão aí só para mascarar alguma outra razão razão oculta para nosso comportamento.
"Ah não posso viver sem meu licorzinho de genipapo! Não poderia jamais morar em um lugar onde não existisse o meu querido licor de genipapo!"
Hum... este caso é grave. Entretanto ouvimos muitas coisas similares, que soam menos ridículas:
"Não consigo aprender Inglês, não poderia jamais morar fora do Brasil."
Aqui apela-se para uma incapacidade intelectual crônica. Eu acredito que qualquer um é capaz de aprender uma outra língua. Eu me julgava incapaz de falar Inglês, mesmo falando Alemão, Espanhol, Italiano e Português... não será este um caso de um limitação fictícia, auto-infringida?
"Não tem pertence de feijoada? Não tem couve? Mandioca? Não tem feira-livre? Nem pastel de feira? E caldo de cana com leite? Se não tem nada disso, como é que o pessoal se alimenta aí? Como eles vivem? Que horror! Eu heim?"
Bom, aqui os brasileiros estão ofendendo todo o resto da humanidade, insinuando que porque não tem feira livre, um horrendo aglomerado de vendedores porcos que deixam a rua inteira fedendo a peixe, os outros países são menos avançados que o Brasilzão. Eu é que digo: "eu, heim?"

Um comentário:

Anônimo disse...

Esses limites auto impostos são coisa de pessoas acomodadas. O Brasil está cheia delas. É normal a gente ver um cara com uma barriga que faz inveja a um porco capado pronto para abate, dizendo que não consegue ficar sem o churrasco e a cerveja. Pura covardia.