Em uma época dizia-se que a educação no Brasil era deficiente porque isso interessava aos governantes. Dinastias como a de Sarney no Nordeste não seriam possíveis se a população fosse capaz de pensar. Os mesmos que se queixavam disso estão agora no poder. Notaram que o poder emana das massas estupidificadas e direcionaram a propaganda de acordo com o seu público imbecilizado. Assim, por exemplo, Martaxa Relaxa tende a ser eleita novamente em São Paulo. Faz muito sentido.
Mas eis que outras forças políticas mostram o seu apreço pelos descerebrados. Na semana passada a CNBB divulgou nota afirmando que os fetos anencéfalos não são descartáveis e que "todos têm direito à vida". Já está claro para os bispos que quanto mais descerebrados, melhor para a igreja.
Sinto-me enternecido com essa mobilização a favor de uma minoria indefesa, com essa veneração ao retardo mental. Os sem-cérebro brasileiros tem que ser defendidos, como também os brasileiros menores assassinos ou os brasileiros traficantes de drogas. Em um Brasil tão solidário com estas e outras minorias, sobra pouca energia para defender a maioria que realmente deveria ser defendida: a classe dos cidadãos honestos que trabalham e pagam impostos. Para esses, nada!
Dou aqui minha sugestão: já que há tanta escassez de descerebrados no Brasil, por que não incentivar a imigração irrestrita dos anencéfalos? Tenho certeza que muitos países aproveitarão uma oportunidade como essa e mandarão de boa vontade seus filhos menos notáveis.
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