2008-09-30

Australianos

Uma fila formava-se no grande salão. Um trio de cordas tocava música barroca. O ambiente era alegre, quase festivo.

Muitissimas nacionalidades compunham essa fila. Alemães, ingleses, franceses, malteses, russos, kazakhs, chineses, taiwaneses, filipinos, húngaros, tchecos, dinamarqueses, americanos, zimbabwenses, sul-africanos, argentinos, iranianos, chilenos e brasileiros. Umas 100 pessoas, mas representando o mundo inteiro.

Os inevitáveis discursos - por sorte curtos - sobre o que significa ser australiano. Não que ninguém saiba realmente o que vai sair de semelhante mistura de culturas. A mistura é o verdadeiro significado. O progresso é o objetivo.

Cada nome é chamado em seqüência, a cada um é dado um presente: uma muda de "Golden Wattle", a planta nacional australiana. Aplausos educados após cada nome, até que chamam um tal de "Borat". A multidão, para espanto do coitado, aplaude entusiasmada... Ele achou muita graça.

O trio de moças começa a tocar o hino da Australia, um tenor domina o salão com sua potente voz. Alguma lágrima desponta nos mais emocionados.

Um sincero agradecimento por terem escolhido, entre todos os países do mundo, vir morar na Australia.

No fim, um serviço de buffet serve sandwiches ingleses, chá e café. Todos tiram fotos, agitam as bandeiras australianas, as crianças correndo de um lado para o outro.

Nada mal, pensou. Nada mal para quem veio de um país onde 80% gostam disto:






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