2009-02-18

País civilizado versus país mequetrefe



Sim, falo da Suiça e do Brasil e o "caso da Brasileira" ou, em lingua local "Die Brasilianerin". Qual a diferença?

Na Suiça, dizem:

"Ela tentou enganar a polícia. Os contribuintes suiços não podem pagar pelo transtorno que ela causou."

No Brasil, dizem:

"Preconceito! Barbárie! Pobrezinha da brasileira. Mesmo que não tenha sido atacada, ela teve esse "problema" porque ela mora num lugar horrível"

A mentira da brasileira despertou os instintos mentirosos de Lula, o magnânimo Maloqueiro-mór, que carinhosamente explica ao seu povo "as disvantagi" de morar na Suiça. Cá entre nós, todos sabemos que ele é um grande entusiasta da mentira patológica.

Não há problema. Como o Brasil importa criminosos, aceitaria de bom grado uma cidadã mentirosa de volta. Quem sabe ela se candidata a deputada por Pernambuco? O PT, sem sombra de dúvida, a apoiará, já que reúne os principais requisitos.

Os contribuintes brasileiros, eternos imbecis, JÁ pagaram um monte por causa da mentira patológica (tanto da "brasileira" como do "maloqueiro"). A Suiça não vai deixar por menos, e vai se assegurar de que todos os custos de hospital e o tempo perdido pela sua polícia sejam contabilizados e a conta devidamente apresentada à "brasileira". Fazem muito bem.

Eu tenho uma pequena pergunta, entretanto. Já que o Lula foi tão rápido em apontar a "injustiça" e o "preconceito" contra a "brasileira" que também é "pernambucana" e "nordestina", porque não faz um levantamento e verifica quantos cidadãos suiços foram assassinados no Brasil desde 1980? Afinal houve UM MILHÃO DE ASSASSINATOS nesse período no maravilhoso país tropical. A grande maioria dos mortos era de cidadãos brasileiros, com os quais o Brasil não se importa em absoluto.



2009-02-17

Todos os fogos, o fogo - 2

É comum se acreditar que os movimentos ecológicos com seus "Greenpeace", "PETA" e "Salve o mico-leão dourado" são manifestações inofensivas de um "ethos" em ascensão. Palavras como "sustentabilidade" e "baixo perfil de carbono" ressoam e são repetidas ad infinitum por pessoas que acreditam literalmente que estão salvando a humanidade.

Infelizmente a ignorância de quem defende as nobres causas ecológicas é em geral profunda e perigosa. Um imbecil que defende a "sustentabilidade" é como o nazista dos anos 40 que acreditava na "superioridade ariana". A ignorância de um não deixa nada a dever à ignorância do outro. Palavras vazias em mentes vazias.

No caso dos incêndios australianos, essa mesma mentalidade ignóbil que acredita tudo que é "natural" é também automaticamente "bom" impediu residentes de cortar árvores à volta de suas casas. Como vimos no post anterior, ter uma clareira aberta ao redor da casa ajudaria mas não seria suficiente para salvar as pessoas de morrerem esturricadas pela onda de fogo que varreu as florestas e que vinha carregada pelo vento.

O ponto fundamental e aparentemente contra-intuitivo é que a floresta DEVE ser queimada periodicamente, ANTES de que o acúmulo de material combustível atinja o ponto crítico. As queimadas devem ser feitas, mesmo que os eco-loucos protestem e se amarrem em árvores para impedir a morte de bichinhos.

Quando um incêndio foge ao controle como esse fugiu, milhões de animaizinhos morrem queimados. As queimas controladas em dias e lugares pré-estabelecidos são a única solução razoável para o problema dos incêndios australianos.

A terrível imagem de crianças morrendo engolidas pelo fogo deveria ser o foco desta discussão. Quem é pai ou mãe sabe do que estou falando.

Como os nazistas, os ecologistas fanáticos são assassinos. Como os nazistas, eles também não percebem que estão matando. Acham, como os nazistas também achavam, que são parte de uma missão para salvar o mundo.

Resta só uma conclusão sobre este triste episódio, previsível e evitável: não há fogo mais letal do que a estupidez humana.

2009-02-15

Todos os fogos, o fogo

Antes daquele sábado fatídico (7 de Fevereiro de 2009), o Australian Bureau of Metereology já avisava: teríamos 47°C e ventos de 80 km/h. Uau! O que significa isso?

Eu nunca tinha estado em nenhum lugar cuja temperatura chegasse a níveis absurdos como esse. Para se ter uma idéia, em Manaus, uma cidade famosa de tão quente, a temperatura raramente passa dos 33°C. A diferença é a humidade, que em Manaus beira os 100% todos os dias.

Em Melbourne os poucos dias de calor são secos. Isso faz com que não percebamos tanto, mas ao mesmo tempo temos que tomar cuidados especiais. A desidratação é certa se não bebermos água continuamente.

Esse dia o tempo foi seco, mas era diferente. Fazia tanto calor que o ar queimava a pele. Nunca havia sentido isso. A absurda ventania fazia imaginar que estávamos todos dentro de um secador de cabelos. Folhas secas e restos de cascas de árvore eram levantadas pelo vento em absurdos redemoinhos. Bastaria uma fagulha, uma minúscula fagulha em qualquer lugar...

E fagulha houve. Mais de uma, naturalmente. O vento alimentava o fogo que se propagava à velocidade do vento. Quem estivesse no caminho do fogo sofreria morte certa, estivesse a pé, dentro de um carro ou em casa. O inferno varreu casas, matou famílias inteiras, não poupou crianças de uma morte horrível. Vejam o como é o inferno na terra aqui. Quem filmou isto só sobreviveu porque não foi pego diretamente pelo gigantesco redemoinho de fogo.

Tragédia inevitável? Vejamos.

O fogo é velho conhecido das florestas australianas. Quando Darwin esteve aqui, há mais de 150 anos, ficou impressionado pela falta de diversidade de árvores nas gigantescas florestas quase que exclusivamente de eucaliptos. O motivo é que os eucaliptos desenvolveram alguma estratégia para sobreviver a estes infernos. A floresta australiana tem queimado por muitos milhões de anos!

Os eucaliptos perdem folhas e pedaços de casca que vão acumulando material combustível no solo por décadas. Aproximadamente uma tonelada de folhas secas por hectare por ano ficam ali, esperando um dia mais seco e quente para queimar. Após 8 anos o volume de material combustível já é suficiente para gerar as monstruosidades que vimos nesse sábado negro.

Os colonizadores ingleses surpreenderam-se com um destes impressionantes incêndios em 1851, quando houve muitas mortes. Hoje em dia a situação é muito mais perigosa pois é cada vez mais comum encontrar gente que, por algum irracional impulso "natureba", quer ir morar no meio do "Australian bush". Estive recentemente em um dos lugares que queimaram totalmente. As casas, rodeadas de árvores, pareciam desertas, como muitas vezes acontece por aqui. A vida australiana é sempre nos fundos. Lugarzinhos bucólicos, sombreados, com casas de madeira, algum brinquedo de criança na frente. Imediatamente penso na fábula dos três porquinhos e a casa de palha. Quem viu os estragos notou que em muitos lugares, apesar das árvores maiores terem resistido, as casas se transformaram em amontoados de cinza e metal retorcido. Casas de madeira, no caminho dessa onda de fogo, queimam em segundos. A madeira seca, quando irradiada pelo furacão incendiário, começa a queimar instantaneamente.

Você teria uma casa de madeira no meio de uma floresta que vai com certeza queimar totalmente? Esse é o primeiro absurdo que notei e que ninguém menciona na imprensa. Todos estão preocupados com a causa do incêndio, com quem acendeu o fósforo. Muito poucos estão pensando em como teríamos que ter evitado as consequências.

Em um próximo post (clique aqui para continuar lendo) explicarei o que deveria ter sido feito para evitar o desastre, que já era inevitável.

2009-02-02

A imagem dos cariocas (II)

A grife italiana Relish pediu desculpas pelos comerciais com PM's revistando modelos.

Agora só falta o governo do Rio de Janeiro pedir desculpas pelos assassinatos cometidos todos os dias sob o olhar inútil de sua frouxa e incompetente força policial. Por estas desculpas, podem esperar sentados.