2009-04-18

Gelo no ártico tem extensão recorde

Esta é da série: "Notícias que ninguém dá". A extensão de gelo no ártico atingiu um nível recorde. Há mais gelo ao redor do polo norte do que houve nesta época desde 2002. Veja o gráfico abaixo, cortesia do Centro Internacional de pesquisa do Ártico em colaboração com a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA):



Quem diria, heim? Com todas essas notícias pululando nos jornais sobre "Aquecimento Global", re-batizado como "Mudança Climática", quem esperaria níveis record de gelo ao redor do polo Norte? Se considerarmos também o fato de que a Antártida também está batendo recordes sucessivos de extensão de gelo, a posição dos governantes que querem a redução de emissões para prevenir o aquecimento global vai ficando mais e mais insustentável. Ridícula, até.

2 comentários:

Felipe Pait disse...

Eu acho que v. está errado nisso. Há flutuações anuais enormes, mas a tendência é de aumento da temperatura, mais rápido do que nós estamos preparados para lidar. A evidência parece bem clara, embora não incontrovertível.

A questão é que diminuir as emissões tem custo baixíssimo. Para dar um exemplo, nos Estados Unidos, o povo adora deixar o carro ligado quando está parado. Parar de fazer isso teria custo negativo. Sem falar que o consumo impensado de petróleo só ajuda os regimes que nós tanto adoramos: Chavez, os ayatollahs da Pérsia, os tchekistas do Putin.....

Por outro lado, se e quando o aumento de temperatura ficar tão grande que não deixa mais margem a controvérsias, o custo humano de nos adaptarmos ao novo ambiente vai ser enorme. Por precaução seria melhor levar a ameaça de aquecimento global a sério, mesmo se não houvesse uma preponderância de evidência.

Eduardo Bernasconi disse...

Pait, o Paulo não errou, apenas mostrou como estão errando nas previsões. Quem mede errado prevê errado.
Há flutuações anuais enormes? Maiores que o desvio padrão? Qual tendência: a real ou a forçada? Se for a real teriam que mostrar gráficos de medidas feitas abstendo-se de incluir extrapolações catastróficas (http://wattsupwiththat.com/2009/04/15/climate-models-vs-climate-reality-diverging-or-just-a-dip/).
A questão de diminuir emissões passa pela diminuição drástica da população. Ponto. Ninguém vai reduzir nada se todo mundo têm direito a consumir sua cota de energia, comida, lazer, etc. Não vamos parar tão cedo de desperdiçar petróleo. Primeiro teríamos que nos organizar; sabemos que isso não vai ocorrer! Ninguém é louco de apagar a luz ou deixar de vender um carrinho novo, um apartamento 4 suítes com 5 vagas de garagem ou ampliar a ocupação de mananciais via favelas pagas ao PT.
Os Chaves, Evos, ayatollahs e os outros só tiram petróleo porque os americanos e alguns europeus querem e deixam. O dia que não queiram mais podem parar com a brincadeira em menos de uma semana, via mercado, seguros e tecnologia.
Eu acho que antes de sentirmos os efeitos do aquecimento global (do qual não estou convencido) vamos sentir seriamente a falta de água potável, do tratamento de esgotos insuficiente e das doenças relacionadas. Sabe que há algum tempo uma idéia me estremece? - Se aqui a maioria morrermos de dengue, malaria, febre amarela ou disenteria a Petrobrás exportaria nossa cota de combustível sem nenhuma culpa. E a conseqüência de nossa morte para a economia mundial seria pífia.
Também acho que fazer esforços na direção errada tende a nos levar à direção errada. Não se iluda Pait. Já não estamos em condições de lidar com qualquer tipo de desarranjo global. Acho que nunca estivemos. A seleção “natural” vai ditar as regras:
- A seleção natural da ignorância.
- A seleção natural da eficiência.
- A seleção natural da poupança.
A temperatura do globo terrestre vai ficar confortável e estável para aqueles que não vão morrer de sede ou disenteria. Com seus SUV na garagem.