2010-03-10

Matéria: uma estranha repetição


De todas as estranhas descobertas da Ciência, há uma que me parece de uma estranheza atípica. Tudo o que conhecemos é feito de pequenas partículas chamadas átomos. E os átomos de cada elemento são iguais uns aos outros.


Quão iguais? Completamente iguais. Absolutamente iguais. Ninguém jamais conseguiu detectar uma diferença entre eles.


Um elemento puro é portanto um monstruoso repeteco de partículas exatamente idênticas, em quantidades completamente impossíveis de se imaginar. Um minúsculo cubinho de 1 milímetro de lado contendo hidrogênio puro é composto de 49 mil milhões de milhões de átomos ou 49.000.000.000.000.000! Agora vem o pior: todos absolutamente iguaizinhos. 


Dois átomos do mesmo elemento são tão idênticos que nunca foi possível detectar qualquer diferença entre eles. É como se fossem o mesmo. Se dois átomos trocarem de lugar, nunca saberemos qual é qual. E há tantos!


Não são coisas simples, os átomos. Mesmo o mais simples, o de hidrogênio, é uma máquininha extremamente complicada. Mas uma coisa é certa, é idêntica e funciona exatamente do mesmo jeito do que o átomo vizinho. E o outro. E o outro... Sabemos até que os átomos de hidrogênio que compõe estrelas de distantes galáxias também são idênticos aos que temos por aqui.


A pergunta que faço é: Por que são tão iguais? Esta é uma das muitas perguntas cuja resposta ninguém sabe.