Visto de longe o Brasil é quase engraçado. Recentemente a mídia decidiu criar um novo conceito: o da bala perdida. Esta seria a causadora de diversas mortes de inocentes pelo Brasil afora. Só no Rio de Janeiro ela sorrateiramente mata uma pessoa por dia.
Como pode ser? Como é que não sabíamos antes que havia tal assassino à solta? A bala perdida deveria ter sido reconhecida como um matador compulsivo há muito tempo atrás. A Globo forçou e as autoridades aceitaram: a partir de agora, a bala perdida será categorizada como um evento à parte, mostrada em estatísticas e, claro, combatida como a ameaça letal que representa.
Um momento... alguém deve ter disparado a tal da bala, não é mesmo?
O próprio conceito de "bala perdida" isenta de culpa o assassino que a disparou. Tenha sido o assassinato de alguém voluntário ou involuntário, não é a bala que deve ser responsabilizada pelo ocorrido.
No Brasil é diferente. Segundo o conceito de brasilidade que desenvolvi neste blog, um brasileiro, confrontado com duas opções sempre escolherá a mais fácil, independentemente de ser a melhor.
Aqui temos duas opções. As balas perdidas são o subproduto de tiroteios constantes que matam milhares de pessoas por mês. Assassinos brasileiros matam 50 mil pessoas por ano. É natural que alguns dos disparos atinjam pessoas que não tinham nada a ver com a briga. O que é mais fácil: declarar guerra ao crime e prender os assassinos soltos ou definir um novo culpado, letal mas anônimo, irresponsável e irresponsabilizável, rápido, sorrateiro e inalcançável? Que dúvida! A bala perdida é a melhor solução para o verdadeiro brasileiro.
Em pouco tempo a densidade do tiroteio que se chama "Rio de Janeiro" será tão alta que eventualmente alguns aviões serão atingidos por balas perdidas. Nem aí será declarada guerra ao crime: a brasilidade dita que a melhor solução será fazer com que os aviões evitem sobrevoar favelas ou a linha amarela.
Tudo está perfeito. O Brasil continua imperturbável em seu caminho para a brasilização total. Só me resta desejar a todos feliz Páscoa. Ooops, não a todos. A bala perdida não merece meus votos. Ela é muito, muito má.
Como pode ser? Como é que não sabíamos antes que havia tal assassino à solta? A bala perdida deveria ter sido reconhecida como um matador compulsivo há muito tempo atrás. A Globo forçou e as autoridades aceitaram: a partir de agora, a bala perdida será categorizada como um evento à parte, mostrada em estatísticas e, claro, combatida como a ameaça letal que representa.
Um momento... alguém deve ter disparado a tal da bala, não é mesmo?
O próprio conceito de "bala perdida" isenta de culpa o assassino que a disparou. Tenha sido o assassinato de alguém voluntário ou involuntário, não é a bala que deve ser responsabilizada pelo ocorrido.
No Brasil é diferente. Segundo o conceito de brasilidade que desenvolvi neste blog, um brasileiro, confrontado com duas opções sempre escolherá a mais fácil, independentemente de ser a melhor.
Aqui temos duas opções. As balas perdidas são o subproduto de tiroteios constantes que matam milhares de pessoas por mês. Assassinos brasileiros matam 50 mil pessoas por ano. É natural que alguns dos disparos atinjam pessoas que não tinham nada a ver com a briga. O que é mais fácil: declarar guerra ao crime e prender os assassinos soltos ou definir um novo culpado, letal mas anônimo, irresponsável e irresponsabilizável, rápido, sorrateiro e inalcançável? Que dúvida! A bala perdida é a melhor solução para o verdadeiro brasileiro.
Em pouco tempo a densidade do tiroteio que se chama "Rio de Janeiro" será tão alta que eventualmente alguns aviões serão atingidos por balas perdidas. Nem aí será declarada guerra ao crime: a brasilidade dita que a melhor solução será fazer com que os aviões evitem sobrevoar favelas ou a linha amarela.
Tudo está perfeito. O Brasil continua imperturbável em seu caminho para a brasilização total. Só me resta desejar a todos feliz Páscoa. Ooops, não a todos. A bala perdida não merece meus votos. Ela é muito, muito má.
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