2008-06-06

Socialismo e desabastecimento

A "Presidenta" - é assim que ela exige ser chamada - Cristina Kirchner nunca disse claramente que quer implantar o socialismo na Argentina. Como na Argentina havia falta de miseráveis, importou centenas de milhares do Perú e da Bolívia sob o pretexto de que faltava mão de obra na construção civil. Escancarou as fronteiras do próprio país, aumentando as favelas, o número de catadores de papel. Buenos Aires de noite é um espetáculo de gente abrindo sacos de lixo e espalhando tudo pela rua. Eu pergunto, a quem está servindo a "Presidenta" da Argentina?

Os afagos com o tirano Hugo Chavez não deixam dúvida. Cristina faz parte da turma de sabotadores que inclui Evo Morales, o presidente do Equador e o Maloqueiro-mór. Mas não diz a que veio, com medo de perder votos.

Quando alguém se recusa a explicitar as próprias intenções, o melhor é observar as suas ações. O que fez a "Presidenta" além de exigir a mudança de todos os documentos oficiais para o feminino de presidente?

Sob o pretexto de que o custo de vida era baixo na Argentina, instituiu um imposto de exportação. Sim, isso mesmo. Um imposto que nenhum país com um pouco de inteligência aplicaria. Afinal, os países querem exportar e normalmente isentam de impostos os exportadores. Mas a Argentina é diferente. Aplica um imposto de 35% sobre exportações de carne e grãos.

Até aí, os produtores argentinos aceitaram, um tanto relutantes. Mas claro que a sanha dessa "Presidenta" não acabou aí. Vendo que os preços no mercado internacional subiram muito, decidiu aumentar a alíquota do imposto de modo que os produtores sempre recebam o mesmo que recebiam quando o preço dos produtos agropecuários estava baixo. Efetivamente estava fixando a margem dos produtores rurais.

Como a Argentina ainda não é um país de gente tão bunda-mole como o Brasil, os produtores se revoltaram e cortaram o abastecimento da capital. Fizeram muito bem. Serve como um aviso do que está por vir. A continuar a política cretina dessa corja de bandidos que domina a América Latina, o desabastecimento vai ser crônico. E não por causa de estradas bloqueadas mas por causa de mentes bloqueadas que se recusam a entender Adam Smith.

Um comentário:

tunico disse...

Quem mandou votar na reencarnação mal feita de Evita?
Antes o argentino era conhecido como um italiano que fala espanhol mas pensa como inglês. Hoje, é um pobre latino-americano que continua falando espanhol mas pensa como boliviano. Caiu na real.