2015-03-23

O Esquerdista - parte 2: O poder

O Esquerdista e o Poder


Nosso amigo Esquerdista tem um fascínio enorme pelo poder. Isso se dá supostamente porque o Esquerdista sabe que somente pela força é possível tirar bens de uns para dar para os outros. É continuamente obcecado em alcançar uma posição de poder, onde possa manipular muito dinheiro. A sua justificativa é que ele merece porque quer ajudar a distribuir riqueza para os "menos favorecidos" mas assim que consegue a cobiçada posição invariavelmente enriquece. 

Uma característica clássica do Esquerdista é a negação do óbvio. Nesse aspecto é uma criatura muito complexa. Por um lado odeia e inveja os ricos, por outro lado tenta enriquecer a qualquer custo. Como é um completo inútil, o Esquerdista jamais enriquece criando valor, sempre de alguma maneira rouba de alguém. Uma vez rico, quer sempre mais e acredita ele é moralmente superior porque o seu dinheiro foi roubado de outros que tinham mais do que ele. 

Com o tempo, o Esquerdista poderoso esquece que só deveria tirar dinheiro de quem tem muito para dar para si mesmo e começa a roubar dos pobres. Isso mesmo, ele tira daqueles a quem ele jurou defender. Para poder justificar para si mesmo esta estranha manobra, ele divide os pobres entre "ricos" e "paupérrimos". A sua nova definição permite-lhe achincalhar os pobres sem a menor culpa.

Como a última coisa que passa pela cabeça do Esquerdista é a criação de valor, ele continua nesta trajetória descendente até a destruição total. O interessante é que mesmo quando todos já estão paupérrimos, o Esquerdista poderoso continua tomando banho de leite que jorra de torneiras de ouro.


O Esquerdista - parte 1: A riqueza

chenosepick

Criatura peculiar, o Esquerdista. Para caracterizá-lo corretamente, o melhor é estudar como reage a algumas situações corriqueiras, do dia-a-dia.

Esquerdista quando encontra riqueza

Esta é talvez a reação mais universal, mais característica do Esquerdista. Em geral, quando ele se depara com riqueza, ele imediatamente, impulsivamente, exibe um ódio visceral. Não lhe interessa a quem pertencem os bens que ele encontra, imediatamente sente a compulsão de distribuí-los para os "menos favorecidos". Alguns param aí e contentam-se em achacar aqueles que tem até que alguém tome alguma providência. Outros, mais espertinhos, se atribuem a árdua tarefa de redistribuição. Claro, como o Esquerdista sempre se julga um desfavorecido, cobra um pequeno pedágio para despojar os "ricos" (assim é como eles chamam àqueles que algo tem) de seus incômodos pertences. 

O Esquerdista está sempre absolutamente certo de que o rico merece empobrecer. Sua atitude está muito provavelmente baseada na inveja pois o Esquerdista é antes de tudo um inútil que nunca criou riqueza em sua vida. A sua inutilidade combinada com a sua inveja de qualquer um que faz algo é a mais segura forma de identificá-lo. 

Ao encontrar um inútil invejoso - e há muitos por aí - o grau de certeza de estar na frente de um Esquerdista é de pelo menos 90%.

Amanhã falarei da reação do esquerdista ao poder. Não perca!

2015-03-21

Bach, Karl Richter - Passacaglia & Fugue In C Minor - BWV 582 (1969)



Lava-jato


Gostaria de poder ser sutil, mas com esse país de larápios é muito difícil.

Temos por um lado o PT cobrando propina de qualquer um que quiser prestar serviços para empresas públicas. Este é o mesmo PT que faz de tudo para aumentar o tamanho do Estado e que faz de tudo para aumentar as dificuldades de se ter uma empresa no país. Faz sentido, quanto maior a dificuldade de se fazer um negócio e quanto maior a parcela da economia controlada pelo governo, maior o tamanho da propina que o PT cobra. Não se pode dizer que o PT não seja coerente. Querem faturar mais e mais, e os demais que vão pro inferno.

Por outro lado temos os empreiteiros que, convenhamos, adoram a situação. Eles se sentem seguros pagando propina e recebem a garantia de que concorrentes não virão diminuir os seus lucros. E crescem, e faturam altíssimo. Que importa que tenham que pagar uma grana cada vez mais alta para o PT via José Dirceu ou o canalha do dia? É só embutir mais no já superfaturado serviço. No fim, pagar "consultoria" para o Dirceu na Papuda não custa nada. A garantia de não ter que competir internacionalmente vale muito mais.

Isto dá conta de explicar o Petrolão, mas o que não parece claro para muita gente é que este método funciona para tudo por aí e funciona faz muito tempo. Os brasileiros não percebem, como os peixes não notam a água que os circunda. Só nadam, meio afogados e meio atontados no mar viscoso da corrupção contínua.

Agora vou comentar algo que, por incrível que pareça, pouca gente menciona. Tomemos por exemplo os bancos brasileiros. Em um país de juros pornográficos como o Brasil, o melhor negócio que existe é um banco. Rouba de todos em ritmo acelerado, basta que as pessoas depositem ali. Os bancos sempre estiveram de mãos dadas com o governo. O governo garante os juros altos, previne a competição no mercado e basicamente garante os lucros obscenos dos banqueiros brasileiros. Não é muito fácil encontrar um negócio tão bom como um banco brasileiro. 

Vamos dar alguns exemplos. O brasileiro paga pelo menos 6.6 % de juros por mês (veja aqui) ou mais de 110% ao ano. Em qualquer país civilizado os juros são de 6% ao ano ou menos. Os cartões de crédito mais caros cobram 20% ao ano e com isso ganham rios de dinheiro.

Essa diferença é o tamanho do roubo que é o Brasil. Como é que alguém pode pagar o dobro da dívida contraída em um único ano? Que negócio rende 100%? Como um país pode se desenvolver sem crédito? Não pode. E não vai. 

Um país que é baseado no roubo só pode criar mais ladrões. A única maneira de enriquecer é indo para a cama com o governo. Tem só um pequeno problema. Durante a noite o canalha de plantão do governo pode ter mudado de parceiro e você pode acabar tendo que trocar uma cama de luxo pela fétida sarjeta.