Roube mas não mate

O governo de São Paulo, de alguma forma, reduziu o número de assassinatos no estado. Mas eu sempre fiquei com uma pulga atrás da orelha: como pode ser que, sem nenhuma mudança evidente, o número de assassinatos tenha caído tanto? Aqui estão os dados do próprio governo:

Grande sucesso, não é mesmo? Mas alto aí, há mesmo menos criminosos na ativa ou houve só uma mudança no modo deles operarem? Voltemos aos dados do próprio governo para resolver este problema:

Isto é interessante: os roubos vão muito bem obrigado! Isto me leva a pensar que a única diferença na política do Alckmin foi a profissionalização da indústria do crime. Claro: assassinato não dá lucro (exceto em alguns casos especiais), mas roubo dá. Desafio qualquer um que esteja lendo este blog a me dizer que nunca foi roubado no Brasil.

A indústria do crime vai muito bem sob os governos de esquerda. Gostaria de saber quanto aumentou o volume de crimes em reais. Aposto que esse aumento foi muito mais do que o simples número que o governo divulga. Não foi difícil achar as estatísticas sobre roubo de carga, que é de longe o crime mais lucrativo:

Interessante. Mais interessante ainda é o fato de que a polícia de São Paulo, por alguma razão misteriosa, só investiga um em cada dez roubos de carga.

A tão alardeada redução nos homicídios em São Paulo agora parece algo muito diferente: O governo faz vista grossa nos roubos de carga desde que as quadrilhas não matem muita gente.

Depois não entendem o fenômeno Bolsonaro.