É comum dizer que os antigos navegadores se orientavam pelas estrelas. É verdade, é possível estabelecer a direção na qual se está navegando usando como referência o sol, a lua e as estrelas. Entretanto, determinar a direção é uma coisa, mas estabelecer a posição é outra, muito mais difícil.
Certas confusões famosas, como a dos navegadores portugueses que descobriram a América pensando tratar-se da Índia, podem ser melhor compreendidas a partir do fato de que, sem satélites e GPS, a chamada "navegação pelos astros" era muito imprecisa.
Em realidade, há como estabelecer com alguma precisão a latitude onde a nau se encontra. O que é mesmo difícil de determinar é a longitude. Desta forma, os navegadores sabiam que estavam perto do trópico de câncer, por exemplo, mas podiam não saber se estavam na América, na África ou na Ásia.
O problema da determinação da longitude foi considerado insolúvel por muito tempo, levando muitos à loucura. O livro "Longitude" conta de maneira deliciosa a saga de um inglês que resolveu o problema pela primeira vez de uma maneira incrivelmente elegante. É quase certo que esse esforço tenha contribuído enormemente para a supremacia inglesa nos mares.
A narração de Dava Sobel é apaixonante e tecnicamente precisa. É impressionante entender como um gênio solitário conseguiu o que ninguém, nem mesmo os maiores astrônomos e sábios da época, tinha conseguido. Recomendo a versão ilustrada, com fotos dos cronômetros e gravuras antigas. Para comprar na Livraria Cultura basta clicar na capa:
2 comentários:
agora voce terá que contar um pouco mais sobrre a solução elegante...dicas por favor...
Caríssimo Bira: se eu contar, o livro perde a metade da graça, oras...
Vale mesmo a pena ler.
Um abraço,
Zappi
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