Acabo de ler o mais novo livro de Richard Dawkins, "The GOD Delusion" que em tradução livre seria algo como "O Divino engodo". Com seu estilo fluente, Dawkins rebate magistralmente todos os argumentos oferecidos pelas religiões contra o ateísmo, e defende que se proíba o ensino religioso a crianças. De acordo com Dawkins, uma vez que dogmas são inseridos na inocente mente infantil, são muito difíceis de erradicar. Ele lembra como a ingenuidade das crianças aceita facilmente o que os adultos lhe dizem, por mais inverossímil que seja. A "fadinha dos dentes" ou o "Papai Noel" são exemplos da credulidade infantil.
O ponto realmente polêmico é quando Dawkins quer que dogmas religiosos impostos a crianças sejam vistos como casos de abuso infantil. Através do livro encontramos diversos casos impressionantes, um dos quais é o sequestro de Edgardo Mortara, de seis anos de idade. Ele foi levado pela polícia papal em 1858 porque chegou ao conhecimento da Inquisição que Edgardo tinha sido batizado por uma babá. O "batismo" consistiu em jogar um pouco de água na cabeça do pobre Edgardo, enquanto dizia as palavras mágicas: "eu te batizo... blablabla". Edgardo era filho de pais judeus. A polícia papal não admitia que um cristão (Edgardo após o "batismo") pudesse viver com judeus (os pais de Edgardo). A história é tão estapafúrdica, tanto do lado cristão como do judeu, que tende-se a dar razão a Dawkins sobre o abuso que a religião representa quando intervêm em assuntos em que não deveria opinar.
Acredito que o livro é provavelmente ainda mais interessante para quem discorda ou não concorda completamente com o autor. Os seus argumentos são cristalinos e é realmente difícil rebatê-los.
Já saiu a tradução para o português! Chama-se "Deus, um delírio" e pode ser comprada na Livraria Cultura (clique na capa abaixo).
Nesta mesma linha vale a pena ler de Carl Sagan o fantástico "O mundo assombrado pelos demônios". Clique abaixo para comprar na Livraria Cultura.
O ponto realmente polêmico é quando Dawkins quer que dogmas religiosos impostos a crianças sejam vistos como casos de abuso infantil. Através do livro encontramos diversos casos impressionantes, um dos quais é o sequestro de Edgardo Mortara, de seis anos de idade. Ele foi levado pela polícia papal em 1858 porque chegou ao conhecimento da Inquisição que Edgardo tinha sido batizado por uma babá. O "batismo" consistiu em jogar um pouco de água na cabeça do pobre Edgardo, enquanto dizia as palavras mágicas: "eu te batizo... blablabla". Edgardo era filho de pais judeus. A polícia papal não admitia que um cristão (Edgardo após o "batismo") pudesse viver com judeus (os pais de Edgardo). A história é tão estapafúrdica, tanto do lado cristão como do judeu, que tende-se a dar razão a Dawkins sobre o abuso que a religião representa quando intervêm em assuntos em que não deveria opinar.
Acredito que o livro é provavelmente ainda mais interessante para quem discorda ou não concorda completamente com o autor. Os seus argumentos são cristalinos e é realmente difícil rebatê-los.
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Um comentário:
Salve, Zappi,
ainda não li o novo livro de Dawkins, mas conheço todos os anteriores, e acho interessante que ele bote em discussão essas questões.
Quanto ao livro do Sagan, sempre o recomendo aos meus alunos que ingressam na universidade. É leitura útil para desfazer certos mitos com que enchem a cabeça da gurizada no segundo grau politicamente correto e cientificamente incorreto.
Abs.
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