2008-04-12

Hitchens destrói argumento fascista-stalinista


Gostei especialmente desta argumentação de Christopher Hitchens onde ele destrói o argumento favorito dos cristãos para demonizar os que não crêem em deuses: o argumento de que quem não teme a deus mata sem piedade. Eles usam o nazismo, o stalinismo e a China de Mao como exemplos. Hitchens mostra com argumentos simples que estes crimes decorrem do seqüestro da credulidade de uma massa ignorante e não da subversão da mente de uma população esclarecida. É excelente, são 9 minutos e eu coloquei as legendas. Divirtam-se!
Hitchens é o autor do best-seller "Deus não é grande". Para comprar clique na capa do livro abaixo. Aqui ele também recomenda o livro de William James, "As variedades da experiência religiosa", cuja versão em português aparentemente está esgotada.

  

8 comentários:

Anônimo disse...

Essa de que ateus matam, que são malvados e etc., associando-os aos marxistas é já prova incontestável da moral religiosa; mostra a safadeza de que é capaz um religioso.

Em primeiro lugar o ateísmo não possui doutrina alguma, não possui fins a serem alcançados, é apenas uma negação de uma doutrina. Não é nem filosofia nem ideologia. Assim, nada pode ser atribuído a uma origem atéia.

O fato Marx se ter dito ateu e conceber sua ideologia visando um "Paraíso" aqui na terra, em nada teve relação com ser ele ateu (aliás muitos religiosos que acusam o ateísmo dizem que Marx era satanista, ocultista e lá o raio. Pode?).

Antes de Marx teve um fervoroso religioso, um católico carolissimo, que concebeu também um "Paraíso" terreno como ideal para o modelo cristão. Foi Thomas More com sua Utopia.

Marx anuia com a "Lei da Usura" católica. Marx se valeu do "não acumular tessouros na terra" encravado nas mentes, como se acumular "tesouros na terra" fosse condenável eticamente, para criar sua fantasia da "acumulação capitalista", aproveitando o que a religião já tinha encravado nas mentes religiosas.

Os marxistas e demais socialistas se valem do discurso piegas, pegajoso, do cristianismo. Condenam a hanância como o faz a igreja católica, e defendem um certo desprendimento altruísta em seus discursos populistas para aproveitar a base cristã.

O homem novo marxista era um tanto ascético no sentido de desapegado dos valores materiais (?!), pois sem ganância e voltado para o "bem comum", o homem sem egoísmo ou santo do marxismo.

Bem, sobre matar, quem menos pode falar são os defensores de Javé. Afinal, bastaria ex´por algumas dezenas de versiculos bíblicos para mostrar quanto os religiosos crentes de Javé estão enganados na defesa de seu "glorioso time religioso". Pois Javé é pródigo em mandar matar "os outros", ressaltando inclusive "homens, mulheres e crianças" chegando a especificar "até as de peito". ...Esse é o deus de algumas religiões que adeptos dizem contra matar. Tal deus manda matar até por motivos pifios, e não só os de outras tribos mas até dos seus em alguns casos.

Que porra é essa que não ter religião faz alguém assassino ou genocida.
Aliás, temos a inquisição e antes dela também os religiosos matando os divergentes com requintes de crueldade.
A inquisição veio oficializar apenas, a fim de garantir o controle da cúpula. Ou seja, se em algum lugar os líderes, religiosos ou não, se mostrassem demasiado tolerantes poderiam, eles mesmos, serem enquadrados por denuncia. Ou seja, a inquisição, criada para punir crimes contra a fé, sobretudo para aterrorisar até seus líderes "moles". Contudo os religiosos já matavam em nome da fé antes dela. Além do que nem todos os crimes contra fé eram punidos pela inquisição, não era necessário sempre um inquisidor oficial. Ou seja, quem tem um histórico de matar divergentes é exatamente as religiões, a elas ou entre elas aderiu o socialismo marxista que produziu Lenin, Stalin, Mao e etc..

Ah! Hitler em seu "Minha Luta" eleogia o fanatismo cristão que perseguia judeus e hereges. Hitler gostou da idéia religiosa de perserguir divergentes.

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

Ôps! melhorando:

..."o fato de Marx ter concebido sua ideologia visando um "Paraíso" aqui na terra, em nada teve relação com ser ele um ateu"

Muitos religiosos e padres são pedófilos. Então por tal lógica se diria que religião causa pedofilia?

Ora, uma coisa não tem relação com a outra e estes religiosos que fazem afirmações deste naipe são apenas safados, pois tudo se permitem em defesa de seu "glorioso time". Só isso já é o bastante para mostrar que religião e boa moralidade nada tem em comum.

Ademais, o que mais tem é religioso stalisnista, maoista, castrista e lá mais o raio. Aliás, a igreja católica é um palanque para pregações marxistas, mesmo sendo Marx dito ateu. A religião persistiu nos paises sociaistas (ditos comunistas), na URSS, Leste Europeu, Cuba e etc.. Ficaram igrejas e sacerdotes pregando.

Religiosos que se valem da canalhice são a prova cabal de que religião e vergonha na cara não se relacionam.

Abração
C. Mouro

Zappi disse...

Obrigado pelos comentários, C.Mouro.

Só tenho uma coisa a acrescentar. Você disse:

"Muitos religiosos e padres são pedófilos. Então por tal lógica se diria que religião causa pedofilia? "

A religião pode não ser causa, mas ela cria um ambiente adequado. Explico: os padres não podem fazer sexo, nem casar, nem ter filhos. Por esse motivo só aqueles que não quisessem praticar essas três atividades tornar-se-iam padres. Em um ambiente moralista, pessoas com tendências sexuais esquisitas se esconderiam no sacerdócio - coisa que ocorre na realidade. Os que tem atração por crianças encontrariam ainda duas outras vantagens: a oportunidade e a posição de autoridade. É óbvio que a igreja católica, como é organizada, fatalmente abrigará pedófilos.

Anônimo disse...

É fato que a Igreja católica sempre foi um antro para enrustidos de variadas manias. Sempre foi abrigo seguro para toda sorte de tipos exóticos, não por outro motivo vemos os padres e bispos arruaceiros que vivem a instigar o ódio e a inveja para promover conflitos sob amparo da pastoral da terra. São psicopatas que se comprazem em instigar a discórdia e os conflitos sobretudo sangrentos. São maníacos que não conseguiriam viver normalmente em sociedade.
Claro que gays, pedófilos e demais tarados sexuais tendem a se abrigarem na Igreja.
Os homossexuais nos tempos em que tal era grandemente condenado moralmente, tinham como recurso acoitarem-se na Igreja. Assim, podiam esconder sua pouca aptidão para o sexo saudável e natural. Ou seja, enrustidos, acabavam soltando a franga com seus pares em abrigo seguro, acabando por extrapolar para os fiéis e filhos destes.

Tudo isso é fato. Mas isso não decorre da religião em si, ao menos diretamente. Afinal a maioria dos religiosos não manifestam tais desvios. Porém, a maioria dos religiosos são totalitários e anseiam prender a todos em suas ideologias perturbadoras. Ou seja, os ideológicos de qualquer ideologia almejam controlar a vida de todos através da imposição a todos de sua interpretação ideológica. Claro que tal lamentavel fato está em conubio com as manias e patologias não manifestas.

É inerente as ideologias, incluso religiões, o totalitarismo. Basta que os líderes presumam que podem e pronto, é o suficiente para tentarem lançar seus pitburros ensandecidos contra os divergentes.

Não poderia ser de outro jeito. Afinal, se elem imaginam que podem construir um "mundo perfeito" - diga-se subjetivamente perfeito para eles nele viverem - e dizem ser este o mundo objetivamente perfeito, não podem admitir tolerância aos "imperfeitos" hereges, vai daí que tendo o Poder sob os pitburros ensandecidos, com seus cerebros lavados, lançam-os sobre os divergentes. É sempre assim.

Ou seja, é preciso colocar focinheiras nestes pitburros adestrados por lideranças ideológicas, e essas focinheiras são as críticas que lhes causam umas "GPFs mentais" capazes de segurar os ímpetos bestiais destes tipos.

As ideologias estabelecem fins pretensamente maravilhosos que a tudo justificam. Sejam "Paraisos" no céu ou na Terra. A vontade de crer em tais fantasias, sobretudo por parte de recalcados, frustrados e demais de baixa auto estima, os torna facilmente emocionaveis e faceis de terem os cerebros lavados por líderes maniacos ou espertalhões.

São as ideologias as portadoras das maiores desgraças. São os "belos fins" que prometem é que servem para o envaidecimento dos seguidores num "asinum asinus fricat", bem como justificam todas as atrocidades que em nome deles se produz. ...Quando fins justificam meios temos ideologias, que apenas julgam segundo os fins que alegam almejar. Essa é a diferença entre ideologia e filosofia, pois esta ultima atém-se ao julgamento dos meios independentemente de qualquer fim. Daí a reclamação de que apenas contemplar (analisar e julgar) não basta, pois transformar (levar a um fim) é que possui o mérito.

Esta é a desgraça de todas ideologias, sejam fundadas num deus misterioso qualquer ou no deus-estado ou deus-pátria, também estapafurdios e meramente palavras sem sentido algum, tão abstratos quanto qualquer deus estapafurdio criador do Céu e da Terra.

Abração
C. Mouro

Frodo Balseiro disse...

Sobre esse assunto, digamos, "maldade e falta de Deus", recomendo o livro de Sam Harris-"Cartas a uma nação cristã", em que o autor aborda esse equívocado raciocínio da falta de um Deus como caminho para a existência da maldade institucionalizada!

Anônimo disse...

A única coisa que vejo é que o ser humano tem dentro de si a capacidade para o bem ou para o mal. Seja ele crente ou ateu não está imune e tem que decidir. Não se pode dizer que todo ateu é bom, nem que todo o religioso é ruim. A generalização apressada é o grande mal dos jornalistas e de pseudo-pensadores. Há muita gente boa neste mundo. Uns acreditam, outros não, mas não é justo culpá-los porque lideres ateus ou religiosos enlouqueceram e fizeram atrocidades. Hitler, Mussolini, Marx, Stalin, Milosevich, Padre Tiso, não podem ser considerados como modelos acabados de humanidade atéia ou crente. O que eles fizeram abomina a qualquer ser humano razoável.
Vejo também que o sentimento religioso vai muito além e é bem mais complexo do que pensamos. Como tudo neste mundo ele também pode ser manipulado e gerar o ódio e a morte das pessoas. Mas isso é culpa de seres humanos desequilibrados e irresponsáveis e não da dimensão religiosa presente no ser humano.
O pensamento religioso tem evoluído com a humanidade. Hoje penso que ele não existe por causa do medo, como o pensamento simplificador de Hitchens quer nos fazer crer, mas sim por que os seres humanos querem ultrapassar o horizonte da existência.
Não compartilho do pessimismo de Hitchens e acredito que o ser humano pode se superar e crescer sempre mais, desde que utilize a sua crença como uma ponte e não como um muro intransponível.
O debate é salutar. Que as religiões sejam purificadas e que os crentes vivam de um jeito novo a partir da fé que tem, sem oprimir quem quer que seja.
Quanto a ciência, ela não pode querer tomar o lugar da religião, e vice versa. Os saberes científicos são importantes, mas diga-se de passagem, são provisórios e reformáveis.
A religião não pode e não deve tomar o posto da ciência impondo uma ingênua visão da realidade as pessoas. A ciência igualmente não pode exigir das pessoas uma fé quase "religiosa" as suas observações.
Será que negar a religiosidade presente na condição humana é ter, de fato, uma open mind?
Ver a religião como o grande bode expiatório da humanidade não é assumir uma postura fundamentalista e identica a dos extremistas religiosos?
Chesterton Lewis

Anônimo disse...

Ateus podem ser mais perversos do que quaçlquer inquisidor.

E o sr. Hitchens não passa de um demagogo. Pois se esqueceu que Stalin, Mao e outros ditadores usavam da força para tentar destruir a religião.

yami karasu disse...

Anônimo : "Ateus podem ser mais perversos do que qualquer inquisidor." até aí concordei, depois só foi besteira saindo pelos dedos. O pq os tais ditadores usavam a força p/ destruir a religião?
1º procure o q significa ditadura. 2º depois siga minha explicação: p/ enfrentar um ditador, existem 3 forças: a comunicação em massa (rádio, jornal, TV e etc), as universidades e a religião. Contra qualquer oposição o q o ditador faz? ataca agressivamente p/ rechaçar e suprimir qquer tipo de oposição
3º nenhum dos q vc disse matou EM NOME DO ATEÍSMO, e sim de seus regimes totalitários, diferente de uma certa igreja......