Afundando a classe média

O Estadão, em um artigo muito otimista, descreve o que chama de "Elevador Social"

A maior parte do contingente que engordou a classe C vem da base da pirâmide populacional, as classes D e E, perto de 12 milhões de pessoas. Outros 4,7 milhões vieram das camadas A/B, que perderam poder aquisitivo. O restante é proveniente do crescimento vegetativo da população.

Ora, é claro que se 12 milhões subiram da classe D/E para a C, um resultado interessante, outros quase 5 milhões perderam renda e desceram das classes A e B para a C. Isso é um resultado calamitoso! O incrível é que ninguém parece perceber... ninguém quer perceber. De alguma maneira o Brasil está fazendo com que a classe média - segundo o IBGE, acima de 1000 reais por mês - perca renda em alta velocidade.

É clara a tendência à cubanização. Não há escapatória. Não se tira dos remediados para dar aos pobres. O certo é crescer a economia e distribuir o excedente. A verdade é que o Brasil não cresce o suficiente, devido a violenta carga tributária que sustenta os vagabundos do governo. Enquanto os vagabundos permanecerem felizes, é porque a direção do Brasil continua a mesma. Marcha-à-ré.