2008-05-06

Emburrecendo só um pouco mais o Brasil

Só mais uma das nefastas ações do governo liderado por um deseducado. Não basta doutrinar com idéias anti-americanas. Há que suprimir o raciocínio lógico também. Artigo de Gustavo Ioschpe na Veja:


MEC e Igrejas: mistura infeliz

Nesse dia 8 de maio, o Ministério da Educação lança uma ação chamada de Plano de Mobilização de Igrejas Cristãs pela Educação. A idéia, segundo relata o release oficial sobre o programa, é aumentar a mobilização social em torno do Plano de Desenvolvimento da Educação. Diz o comunicado: "Os dirigentes do MEC já se reuniram com diversos segmentos, como o dos comunicadores, dos profissionais dos tribunais de contas, entre outros. Agora, chegou a vez dos representantes de igrejas cristãs."

Sou um dos grandes defensores da mobilização popular pela causa da educação, faço isso há tempo e em diversos formatos e mídias - minha ocupação desse espaço não é nada mais do que isso. Mas acho esse plano profundamente equivocado. A aliança de religiões com o Estado causou alguns dos maiores massacres que a humanidade conheceu, apesar das sempre professadas boas intenções dos homens de fé. É por isso que desde o Iluminismo se conquistou a separação entre Igreja e Estado. A Constituição Federal é clara na criação do Estado laico, proibindo, em seu artigo 19, a formação de alianças entre entes governamentais e igrejas. No final do artigo faz-se uma ressalva a colaborações de interesse público, na forma da lei.

Mas para que essa ação fosse de interesse público - segundo o Aurélio, "público" é "que é do uso de todos; comum. Aberto a quaisquer pessoas" - essa ação não poderia criar uma associação exclusiva com apenas uma das fés - a cristã - que compõem o mosaico religioso no Brasil. Um umbandista, espírita, judeu ou muçulmano não será atingido por essa ação, nem se sentirá confortável em freqüentar uma igreja cristã ou programa de uma igreja cristã para melhorar o nível educacional de sua comunidade. Não se pode criar uma iniciativa governamental que discrimine negativamente os membros das minorias religiosas.

Isso sem falar do conteúdo que será ministrado por essas igrejas. Tenho grande curiosidade para saber como as igrejas cristãs tratarão temas como a liberdade religiosa, educação sexual, História da Inquisição, Teoria da Evolução etc.

É para evitar esse choque entre visões de mundo antagônicas - aquela do Estado laico e das instituições religiosas - que se separou o Estado da religião, especialmente na área educacional. Triste retrocesso.
Gustavo Ioschpe


2 comentários:

Saramar disse...

NO Brasil, a impressão que se tem é que estamos sempre andando para trás.
Só um governo incompetente como o atual poderia lançar mãos da Igreja para substituí-lo no dever de prover a educação.
Porém, lembre-se que as igrejas cristãs daqui reproduzem a ideologia do petismo (se é que este ainda tem alguma ideologia a não ser a manutenção pura e simples do poder).
Assim, as igrejas servirão perfeitamente ao objetivo dos vermelhos: manter aienados.

beijos

Anônimo disse...

GI é um lixinho travestido de "pensador" da Educação.
Atrás daquele rostinho lindo não há nada que preste.Deveria ser modelo e ator da Globo, tem o physique du role.
Assumidamente de esquerda( entrevista na Istoé),está na Veja pra se promover falando mal de professores.Foi contratado só para isso.Como toda boa fraude intelectual ele não aceita ir pra sala de aula e testar ao vivo a tese que defende de que professor é chorão,ganha bem se comparado com outros países de primeiro mundo e o que consomem do PIB.

Aceita? Não, claro, como todo bom covarde prefere ficar passeando pra lá e pra cá e teclando dos saguões de aeroportos seus recalques contra professores,TODOS.Deve ter sido chutado por alguma/algum.Só pode.
É uma caso para divã.A única coisa boa nele é o dinheiro da riquíssima família judia. Uma fortuna.Que vá cuidar dos negócios da Maxion.Entre uma crise e outra de megalomania de todo poderoso, que sabe tudo,de riquinho querendo parecer mais do que só riquinho —quer se vender como intelectual — vá ler o torá com a mamãezinha.
Faz uma bela parceria com o papista RA,o contra aborto, contra pesquisas com células tronco,contra pena de morte, o que era professor e "sartou" fora porque não teria como pagar o luxo de morar em Higienópolis, beber O Black Label e sustentar filhas em colégio privado, com salário de professor.Como todo bom covarde[RA], agora cospe no prato que comeu.Por que não falava mal de professores qdo era um, na cara dos 'colegas',no Quarup, no Anglo?Cansou de levar serviço pra casa,ganhar pouco e aturar botocudos que só deveriam entrar numa escola com licença do Ibama?

Tirando Lya Luft e Mainardi, a Veja só tem rancorosos contra os professores.

Queria que tivessem sido eles a levar a surra que deram num professor de História[ que era exigente, severo e não-esquerdinha] em Brasília,só pra ficar no caso mais recente de violência contra professores, que segundo RA e GI, não têm razão de reclamar de condições de trabalho(nem se fala mais em salários). Para eles tudo é mentira.

Que saudades da ditadura de 64, às vezes;certos jornalistas não teriam tanta liberdade pra dizer tanta "m..."
Infelizmente,nem militares temos mais que preste.Viraram melancias.Lambiam as botas do boca de caçapa sociólogo e agora as do Lularápio.
O Brasil acabou, não tem políticos que prestem, nem tampouco jornalistas,as candinhas que escrevem o que pragam pra escrever.
Aprendi cedo, há mais de 40 anos, que quem sabe faz, quem não sabe ensina...
Lia