A segunda parte da estratégia australiana, que começa com a política de imigração, é a política de educação. Nisto eles tem pelo menos três consideráveis vantagens sobre o Brasil: a língua, a proximidade da Ásia e a infraestrutura. Um dos grandes negócios australianos consiste em vender educação para o estrangeiro. Vale tudo: intercâmbio, cursos de inglês, cursos técnicos, superiores ou pós graduação. Há uma ligação intrinseca à política de imigração, já que muitos dos professores são imigrantes. Muitos alunos, depois de fazer um curso aqui, também decidem ficar.
A educação é um assunto realmente difícil, há que se manter critérios de excelência pois vários outros países oferecem cursos: EUA, Europa e Inglaterra são os destinos mais populares. Eles são rígidos aqui e qualquer tentativa de cola ou plágio são exemplarmente punidas, muitas vezes com a expulsão do aluno da faculdade.
Sem sombra de dúvidas, a exportação de serviços na área educacional é um dos maiores motores do desenvolvimento australiano. O crescimento do faturamento da Austrália com educação somente é da ordem de 10% ao ano. Não só somam nesta área os valores diretamente pagos às instituições de ensino, mas no caso de intercâmbios para escolas do estado este dinheiro reverte para as próprias escolas, que competem para atrair alunos de fora. Além disso os gastos gerais dos estudantes que aqui vivem e as passagens aéreas contribuem indiretamente para o crescimento econômico. Isso sem contar que esta política por sua vez está ligada com a terceira, a da indústria do turismo. Parentes dos estudantes vem visitá-los aqui e eles mesmos viajam pela Austrália, um país com natureza única.
Comparemos esta estratégia com a do Brasil... bom, melhor não.
Comparemos esta estratégia com a do Brasil... bom, melhor não.
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