Às vezes quando passeamos, a mente divaga sozinha, solta e livre. Quando menos esperamos, alguma conexão misteriosa se forma e sentimos o prazer indescritível da iluminação: aprendemos algo. Já lhes aconteceu?
A paisagem misteriosa e gelada da ilha sul da Nova Zelândia deve ter contribuído. Florestas, campos e estranhas névoas se alternam com surpreendentes montanhas e precipícios a cada curva da estrada. As subidas e descidas nas montanhas são acompanhadas de mudanças de temperatura e alguns lagos mais altos têm um pouco de gelo às margens, como placas de vidro.
Tropicais que somos, estamos desacostumados com a linha de gelo e neve que aparece, precisa, a uma certa altura das montanhas, tornando fantasmagórica a paisagem à medida que subimos. Ao mesmo tempo o gelo não é só gelo: diferentes formas de geada e neve, orvalho congelado e cristais que crescem diretamente nos galhos, neve derretida e recongelada e estalactites de gelo fazem com que cada dia do inverno pareça completamente diferente, cada lugar mude a ponto de não os reconhecermos mais.
Foi depois de uma curva, quando encontrei uma floresta de árvores sem folhas, cobertas por cristais de gelo. O sol iluminava a paisagem e os cristais refletiam lampejos prateados em forma de pontos minúsculos, que acendiam e apagavam à medida que nos movimentávamos. Eram milhares, distribuidos perfeitamente ao acaso, fizeram-me pensar que as luzinhas de natal não passavam de uma patética tentativa de simular esta maravilha que ocorre naturalmente, sem intervenção humana.
Então, quando já me deliciava com esse pensamento, algo ainda mais impressionante aparece diante de meus olhos. Em uma parte dessa floresta, que era iluminada de raspão pela luz do sol, os lampejos, minúsculos, brilhantes, milhares deles em cada árvore, passaram a ser coloridos. A luz se decompunha nos cristais e as cores variavam totalmente ao acaso. Lampejos roxos, azuis, verdes, amarelos, laranja e vermelhos sucediam-se em velocidade que variava com a velocidade com que andávamos.
Eureka! - pensei, é daí que veio a idéia das luzes coloridas de natal!
A diferença é que as luzes de natal, por mais bem colocadas e cuidadas, por mais ajustadas à decoração, jamais poderiam chegar perto da maravilha que é ver a versão original nas montanhas, rodeado de silêncio e neve.
A paisagem misteriosa e gelada da ilha sul da Nova Zelândia deve ter contribuído. Florestas, campos e estranhas névoas se alternam com surpreendentes montanhas e precipícios a cada curva da estrada. As subidas e descidas nas montanhas são acompanhadas de mudanças de temperatura e alguns lagos mais altos têm um pouco de gelo às margens, como placas de vidro.
Tropicais que somos, estamos desacostumados com a linha de gelo e neve que aparece, precisa, a uma certa altura das montanhas, tornando fantasmagórica a paisagem à medida que subimos. Ao mesmo tempo o gelo não é só gelo: diferentes formas de geada e neve, orvalho congelado e cristais que crescem diretamente nos galhos, neve derretida e recongelada e estalactites de gelo fazem com que cada dia do inverno pareça completamente diferente, cada lugar mude a ponto de não os reconhecermos mais.
Foi depois de uma curva, quando encontrei uma floresta de árvores sem folhas, cobertas por cristais de gelo. O sol iluminava a paisagem e os cristais refletiam lampejos prateados em forma de pontos minúsculos, que acendiam e apagavam à medida que nos movimentávamos. Eram milhares, distribuidos perfeitamente ao acaso, fizeram-me pensar que as luzinhas de natal não passavam de uma patética tentativa de simular esta maravilha que ocorre naturalmente, sem intervenção humana.
Então, quando já me deliciava com esse pensamento, algo ainda mais impressionante aparece diante de meus olhos. Em uma parte dessa floresta, que era iluminada de raspão pela luz do sol, os lampejos, minúsculos, brilhantes, milhares deles em cada árvore, passaram a ser coloridos. A luz se decompunha nos cristais e as cores variavam totalmente ao acaso. Lampejos roxos, azuis, verdes, amarelos, laranja e vermelhos sucediam-se em velocidade que variava com a velocidade com que andávamos.
Eureka! - pensei, é daí que veio a idéia das luzes coloridas de natal!
A diferença é que as luzes de natal, por mais bem colocadas e cuidadas, por mais ajustadas à decoração, jamais poderiam chegar perto da maravilha que é ver a versão original nas montanhas, rodeado de silêncio e neve.
Um comentário:
Lindo texto,Zappi!Eu já vi esta
"floresta de árvores sem folhas,cobertas por cristais de gelo". Parecia uma floresta prateada! Foi em Boston,USA.
Lêda
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