Nunca entendi direito a maneira com que se definiem hoje os estereótipos de "direita" e "esquerda". O esquerdista seria um ateu, militante socialista ou intelectual, pró-ciência, pró-assintencialismo e politicamente correto. O direitista seria um conservador, a favor do establishment, legalista, capitalista convicto, religioso fervoroso, normalmente católico ou cristão ortodoxo e a favor de um estado mínimo, que interferisse o mínimo possível com o dia-a-dia das pessoas.
Desses estereótipos derivam certas consequências um tanto bizarras: quem for pró-ciência é considerado esquerdista e quem é direitista quer que se introduzam dogmas religiosos na lei comum.
Isso significa que os "direitistas" são anti-ciência? É verdade que existem alguns coitados que ainda não entenderam o significado da revolução científica, mas encontro milhares de pessoas que fazem coro cegamente a posições anticientíficas só porque alguns "esquerdistas" pensam de outra forma.
Uma outra faceta deste paradoxo é que o "esquerdista" quer um estado laico, idéia com a qual concordo, e ao mesmo tempo quer um estado assistencialista que se intromete em todos os setores da economia, conceito que considero destrutivo e absurdo.
Por outro lado o "direitista" diz que quer um estado mínimo, com o que concordo, mas ao mesmo tempo quer forçar suas crenças dogmáticas na lei, uma idéia que considero medieval, teocrática, de um primitivismo ignóbil. Sem contar que o "direitista" se contradiz a si mesmo: quer um estado mínimo mas quer ao mesmo tempo leis que protejam uma célula que desce lentamente pelas trompas de falópio...
O fato é que essa polarização existe e as pessoas fazem coro a uns e outros, a grosso modo baseados nesses estereótipos básicos. Ambas posições são racionalmente insustentáveis, e ambas contribuem para uma sociedade pior e mais desequilibrada.
Entretanto, o cúmulo da demência estatal de hoje em dia é a teocracia. É a negação das conquistas das mulheres, é a pura volta à idade média, o retorno da polícia religiosa.
Infelizmente é nessa direção que parece ir o mais poderoso de todos os países, os Estados Unidos da América. Este interessante e assustador vídeo mostra como, com a simples nomeação de religiosos fanáticos para a suprema corte americana, pode-se distorcer a constituição, tornando dogmas estúpidos em normas legais. Não deixe de assistir, especialmente se você mora em Bushlândia.
Edward Tabash é advogado e milita pelos direitos individuais e pela liberdade de expressão e pensamento. Com vocês "A ameaça atual da direita religiosa às liberdades modernas" (em inglês). Verdadeiramente imperdível.
Desses estereótipos derivam certas consequências um tanto bizarras: quem for pró-ciência é considerado esquerdista e quem é direitista quer que se introduzam dogmas religiosos na lei comum.
Isso significa que os "direitistas" são anti-ciência? É verdade que existem alguns coitados que ainda não entenderam o significado da revolução científica, mas encontro milhares de pessoas que fazem coro cegamente a posições anticientíficas só porque alguns "esquerdistas" pensam de outra forma.
Uma outra faceta deste paradoxo é que o "esquerdista" quer um estado laico, idéia com a qual concordo, e ao mesmo tempo quer um estado assistencialista que se intromete em todos os setores da economia, conceito que considero destrutivo e absurdo.
Por outro lado o "direitista" diz que quer um estado mínimo, com o que concordo, mas ao mesmo tempo quer forçar suas crenças dogmáticas na lei, uma idéia que considero medieval, teocrática, de um primitivismo ignóbil. Sem contar que o "direitista" se contradiz a si mesmo: quer um estado mínimo mas quer ao mesmo tempo leis que protejam uma célula que desce lentamente pelas trompas de falópio...
O fato é que essa polarização existe e as pessoas fazem coro a uns e outros, a grosso modo baseados nesses estereótipos básicos. Ambas posições são racionalmente insustentáveis, e ambas contribuem para uma sociedade pior e mais desequilibrada.
Entretanto, o cúmulo da demência estatal de hoje em dia é a teocracia. É a negação das conquistas das mulheres, é a pura volta à idade média, o retorno da polícia religiosa.
Infelizmente é nessa direção que parece ir o mais poderoso de todos os países, os Estados Unidos da América. Este interessante e assustador vídeo mostra como, com a simples nomeação de religiosos fanáticos para a suprema corte americana, pode-se distorcer a constituição, tornando dogmas estúpidos em normas legais. Não deixe de assistir, especialmente se você mora em Bushlândia.
Edward Tabash é advogado e milita pelos direitos individuais e pela liberdade de expressão e pensamento. Com vocês "A ameaça atual da direita religiosa às liberdades modernas" (em inglês). Verdadeiramente imperdível.
Um comentário:
Pô, Zappi,
que salada ideolo`gica. Mais uma prova de que a dicotomia nao funciona...
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