2007-05-04

Enquanto isso, em Cuba... (2)

O problema da internet é que não deixa perguntas sem resposta. No post anterior perguntei se existia Louis Vuitton em Cuba... após uma pesquisa rápida descobri que não há nenhuma loja na gloriosa ilha. Na China entretanto já existem 15 lojas! O demônio consumista burguês parece estar a mil por hora na terra do companheiro Mao.

A vantagem da internet também é que não deixa perguntas sem resposta. Descobri um blog que de saída me agradou: "Mi isla al mediodía". O título é uma referência à história de Julio Cortázar chamada "La isla al mediodía", um conto genial.

Neste post, "El cubano de la isla" expressa a sua tristeza com a situação de Cuba, que nunca melhora. Calmo e centrado, "El cubano" diz que a economia de Cuba é dirigida por "senhores que são especialistas em dividir riqueza mas não parecem ter a menor idéia de como fazer para produzí-la."

Mas a minha frase favorita deste post é quando se refere à sociedade cubana: "... a constante deterioração de uma sociedade onde quase todo mundo se acostumou a roubar de alguma maneira para poder sobreviver (roubar ao estado, ao consumidor, etc.)". Parece ou não parece a ilha de Lula?

Apesar de claramente antiamericano, "El cubano de la isla" dá uma idéia clara de como Cuba não se mexe, de como os cubanos esperam notícias boas que não vem, de como o governo usa a doença de Castro como bode expiatório dos problemas cotidianos (transporte péssimo, falta de produtos). Só por isso vale a visita.

Um comentário:

Bira disse...

Alias, quem precisa de Louis Vuitton?.
Este é o gancho que a esquerda revanchista e acefala utiliza contra tudo.
E pior, faz a cabeça de muita gente.