Carta ao Loiro de Angola:
Quando estavas à toa na vida não te repreendi. E foi por que cantavas coisas de amor. Quando disseste para deixar a menina sambar em paz, compreendi. Direito de opção. Notaste que a coisa aqui estava preta e só pude concordar. Quanta visão!
Estranho foi quando chamaste o ladrão...
Mas a escura viatura rimava com ditadura. Dei-te razão. Afinal, alguém inventou um Estado sem perdão. Tiveste coragem, por que não?
Mas o malandro, o que tem de mais? Preferes o de navalha ou o regular, o cadáver indigente ou a rainha dos detentos?
Verdade que vi sensibilidade quando pensaste em tua gente. Mas sentiste ou viste de cima, impunemente? Como a moça distraída, sem saber o que ocorria, e dormia transparente? Poesia tiveste, mas agora, falando sério...
Pensei que eras sincero, qual o quê. Já não te conheço mais. Queres fazer um silêncio doente? Qual o quê. Preferias não falar? Choras de rir por me trair?
Será que agora que nasceu teu rebento, traz sempre um presente pra te encabular?
Não entendes essa gente, fazendo alvoroço demais? Parece que teu guri continua rindo, rindo...
Estou desempregado, estás mais velho. Tua memória é fogo! Eras predestinado a estar errado assim? Não pra cima de mim!
Acreditas que é outro país. Parece que decoras o teu papel. E não andas com os pés no chão. Se um dia despencares do céu... não te preocupes, não exijo bis.
Não beberei dessa bebida amarga. Tanta mentira, tanta força bruta. Não queria que fosses filho da outra. Preferia ouvir teu grito. Medonho.
Quando estavas à toa na vida não te repreendi. E foi por que cantavas coisas de amor. Quando disseste para deixar a menina sambar em paz, compreendi. Direito de opção. Notaste que a coisa aqui estava preta e só pude concordar. Quanta visão!
Estranho foi quando chamaste o ladrão...
Mas a escura viatura rimava com ditadura. Dei-te razão. Afinal, alguém inventou um Estado sem perdão. Tiveste coragem, por que não?
Mas o malandro, o que tem de mais? Preferes o de navalha ou o regular, o cadáver indigente ou a rainha dos detentos?
Verdade que vi sensibilidade quando pensaste em tua gente. Mas sentiste ou viste de cima, impunemente? Como a moça distraída, sem saber o que ocorria, e dormia transparente? Poesia tiveste, mas agora, falando sério...
Pensei que eras sincero, qual o quê. Já não te conheço mais. Queres fazer um silêncio doente? Qual o quê. Preferias não falar? Choras de rir por me trair?
Será que agora que nasceu teu rebento, traz sempre um presente pra te encabular?
Não entendes essa gente, fazendo alvoroço demais? Parece que teu guri continua rindo, rindo...
Estou desempregado, estás mais velho. Tua memória é fogo! Eras predestinado a estar errado assim? Não pra cima de mim!
Acreditas que é outro país. Parece que decoras o teu papel. E não andas com os pés no chão. Se um dia despencares do céu... não te preocupes, não exijo bis.
Não beberei dessa bebida amarga. Tanta mentira, tanta força bruta. Não queria que fosses filho da outra. Preferia ouvir teu grito. Medonho.
3 comentários:
excelente o contraponto! Pergunto-me como pode um ser dotado de dons raros ter enxergado tantas coisas outrora e, com talento, mostra-las metaforica e formidavelmente a uma Nação e, agora, calar-se num silencio perturbador. Só faltou culpar e cuspir na maldita Geni!
Genial é o seu texto, Zappi. Mas se você quiser saber mesmo por que ele anda calado, eu lhe dou uma pista. De vergonha, não é, porque esses tipos já nasceram sem vergonha na cara. Talvez o Gilberto Gil, grande amigo e ministro da cultura, tenha a explicação para o silêncio dele. Afinal, as verbas do ministério da cultura para sustentar amigos decadentes são infidáveis.
Calou-se enfim a voz da hipocrisia, que de genial só mesmo entre os seus pares...
lula, gil, e naturalmente fidel,
e talvez entre os craques de seu time.
Cantor é muito melhor quando dorme, via de regra embriagado.
Uma grande farsa cultural,
e um equívoco de caráter mental.
Mas famoso!
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