2007-10-09

Certo e errado

As pessoas que foram doutrinadas desde pequenas dentro de uma religião acreditam que elas sabem o que é certo e o que errado porque lhes foi dito pelos livros santos de suas religiões.

O problema é que no meio de preceitos perfeitamente corretos, como "fazei ao próximo o que dele desejais receber", embutem outros como "Usar camisinha é um pecado mortal" Pílula, então... As pessoas menos inteligentes não percebem que isto é um truque, como o truque do Bispo Macedo (agora o meu bispo favorito, já que a outra está presa) de dizer que o pagamento do dízimo (para ele, claro) é imprescindível para a salvação da sua alma.

É triste fazer a contabilidade: apesar que algo melhora com a máxima do "fazei ao próximo..." a igreja certifica-se de que o mundo futuro será muito pior com a superpopulação causada pela proibição da pílula, dos métodos anticoncepcionais, criminalização do aborto. As igrejas sempre conseguem embutir preceitos que as favorecem, que mantém a miséria subjugando seus fiéis, no meio de regras que pessoas razoáveis achariam boas.

Claro que há religiosos bons, como não? O problema é que os há ruins também, e a igreja como instituição é, no balanço, prejudicial ao progresso humano. Não é por acaso que os países mais atrasados são os mais religiosos. Dizem que os EUA são a exceção a essa regra, mas eu digo que nos Estados Unidos os não-religiosos tem uma garantia a mais: a separação da Igreja e do Estado claramente colocada na Constituição mais bem sucedida da história do planeta. São eles que movem o motor do progresso científico da humanidade. É mole?

Há gente boa e gente ruim, tanto nas religiões como fora delas. O problema é que uma pessoa boa dentro de uma religião que proíbe os anticoncepcionais é levada a fazer algo ruim. E não é culpa dela! Alguém fora da religião vê claramente onde está o problema, aceita os preceitos bons e rejeita os ruins. No mundo real, a maior parte dos religiosos procede assim. Por sorte.

Se as religiões não forem controladas tendem a querer colocar em lei comum seus dogmas mais ferrenhos. No Vaticano, hoje em dia, uma mulher que tenha uma gravidez tubária é deixada morrer. Por que? Porque o aborto é proibido, e essa é a única maneira de salvar a vida dessa mulher. Vocês acham isso razoável?

Pior que o Vaticano de hoje é o Islam. O objetivo do Islam é forçar a "lei sharia" ou seja, a lei como ditada pelo Corão. A idéia é proibir todo o mundo de seguir outra religião que não seja o Islam. Interessante, né?

Todos nós sabemos, sem necessidade de qualquer religião que nos explique, o que é certo ou errado. Basta usar a cabeça e discutir os temas. A moral está dentro de nós, é inata. Não foi colocada por Jesus, foi formada por milênios de convívio social.

Aos religiosos resta proibir. Querem proibir o que não podem demonstrar como errado. Assim proibiram o divórcio, proibiram a blasfêmia, proibiram o aborto e proibiriam até a camisinha, se pudessem. Todas essas proibições se devem ao fato de que são incapazes de convencer os fiéis a seguirem dogmas óbviamente prejudiciais.

Uma amiga me disse que o problema é que os padres ficaram com inveja dos cientistas quando notaram que o caminho destes os fez chegar muito mais perto de entender a mente de Deus. Talvez ela tenha razão.

2 comentários:

Anônimo disse...

Falou tudo... só faltou dizer que o Islam de hoje é muito semelhante ao Vaticano de 100 ou 200 anos atrás...

vicente bayard prieto disse...

DEUS UM DELIRIO!
Isso que é fundamental.
Religião é o opio dos menos esclarecidos.