2007-06-29

A Economist voltou!

A revista britânica Economist finalmente começou a perceber a verdadeira natureza de Lula. Em um artigo chamado "Lazy, hazy days for lucky Lula", a revista começa a arranhar a superfície do que está realmente acontecendo no Brasil. O que causou a mudança? A Economist finalmente tirou o jornalista Brooke Unger da direção da sucursal brasileira. Brooke era francamente simpático ao Lulismo, adotando até o linguajar petista de "elites" versus pobres. Veja aqui uma discussão que tive com ele.

Sem Brooke Unger, que alguém até sugeriu que seria algum primo ou irmão perdido do Mangabeira Unger, aquele que desdiz o que diz em troca da ministérios, a Economist começa a ver o Brasil do jeito que é. É mais, com sua característica ironia, coloca as palavras 'lazy' (preguiçoso) e 'hazy' (nebuloso ou confuso) junto com Lula no título. Preguiçoso ele é. Confuso? Só se nos basearmos no bom senso. Infelizmente o Brasil deve ser observado sob a ótica do senso PT, uma lógica que à primeira vista é confusa, mas, na prática, leva a um só caminho: o absolutismo político-ideológico e o domínio total de canais de corrupção. Já vai tarde, Unger!

2007-06-25

Direita religiosa?

Nunca entendi direito a maneira com que se definiem hoje os estereótipos de "direita" e "esquerda". O esquerdista seria um ateu, militante socialista ou intelectual, pró-ciência, pró-assintencialismo e politicamente correto. O direitista seria um conservador, a favor do establishment, legalista, capitalista convicto, religioso fervoroso, normalmente católico ou cristão ortodoxo e a favor de um estado mínimo, que interferisse o mínimo possível com o dia-a-dia das pessoas.

Desses estereótipos derivam certas consequências um tanto bizarras: quem for pró-ciência é considerado esquerdista e quem é direitista quer que se introduzam dogmas religiosos na lei comum.

Isso significa que os "direitistas" são anti-ciência? É verdade que existem alguns coitados que ainda não entenderam o significado da revolução científica, mas encontro milhares de pessoas que fazem coro cegamente a posições anticientíficas só porque alguns "esquerdistas" pensam de outra forma.

Uma outra faceta deste paradoxo é que o "esquerdista" quer um estado laico, idéia com a qual concordo, e ao mesmo tempo quer um estado assistencialista que se intromete em todos os setores da economia, conceito que considero destrutivo e absurdo.

Por outro lado o "direitista" diz que quer um estado mínimo, com o que concordo, mas ao mesmo tempo quer forçar suas crenças dogmáticas na lei, uma idéia que considero medieval, teocrática, de um primitivismo ignóbil. Sem contar que o "direitista" se contradiz a si mesmo: quer um estado mínimo mas quer ao mesmo tempo leis que protejam uma célula que desce lentamente pelas trompas de falópio...

O fato é que essa polarização existe e as pessoas fazem coro a uns e outros, a grosso modo baseados nesses estereótipos básicos. Ambas posições são racionalmente insustentáveis, e ambas contribuem para uma sociedade pior e mais desequilibrada.

Entretanto, o cúmulo da demência estatal de hoje em dia é a teocracia. É a negação das conquistas das mulheres, é a pura volta à idade média, o retorno da polícia religiosa.

Infelizmente é nessa direção que parece ir o mais poderoso de todos os países, os Estados Unidos da América. Este interessante e assustador vídeo mostra como, com a simples nomeação de religiosos fanáticos para a suprema corte americana, pode-se distorcer a constituição, tornando dogmas estúpidos em normas legais. Não deixe de assistir, especialmente se você mora em Bushlândia.

Edward Tabash é advogado e milita pelos direitos individuais e pela liberdade de expressão e pensamento. Com vocês "A ameaça atual da direita religiosa às liberdades modernas" (em inglês). Verdadeiramente imperdível.



2007-06-23

Evo necesita dinero

-Huguito, corazón, tengo un problemita.

-Qué pasa, Evo, ¿Quién te hizo daño?

-No, nadie, es que necesito plata.

-¿Dinero?

-Sí.

-¿Para qué?

-Para plantar coca.

-Y bueno, dinero hay que sacarle a los ricos. ¿Hablaste con Lula?

-No, le tengo miedo a Lula desde el episodio de las refinerías. Lula se puso medio agresivo.

-No te preocupes, Evito. Lula es un perfecto pelotudo, como dice Kirchner. Quítale más plata a la Petrobrás, al fin y al cabo los ricos existen para darles dinero a los pobres, ¿No es cierto? Eso se llama ¡Socialismo!

-¿Como? Ya les quitamos la refinería...

-No sé, ponle una multa, contrabando quizás...

-Creo que se me ocurrió una manera de hacerlo. Voy a decir que Petrobrás contrabandeó... ¡Petroleo!

-Muy bien. ¡Al Socialismo, Evo!

-¡Al Socialismo!

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Seria até engraçado se fosse brincadeira... mas veja aqui.

2007-06-21

Entrevista com o Lula - 2

Os melhores momentos... Lula em sua melhor performance. Aqui Lula explica que os países ricos tem que pagar... mas aqui ele se reserva o direito a destruir florestas e poluir o planeta. A China, país em desenvolvimento, é hoje o maior poluidor do mundo inteiro. A queima de floresta na Amazônia é responsável por emissões muito significativas de gases de efeito estufa, fato que o Lula convenientemente ignora. Conclusão da mensagem do Lula: "os ricos tem que pagá e a gente não precisa fazer nada em troca". Muito bom...

Outro ponto interessante é onde ele praticamente ameaça os países ricos com guerra e terrorismo se eles não aceitarem o ponto de vista de Lula. Veja aqui. Quem será que deu procuração para o Lula falar de terrorismo em seu nome, o Bin Laden, talvez? Outro ponto interessante é quando o Lula defende o fechamento da rede de televisão na Venezuela pelo seu chefe, o Hugo Chavez. Veja aqui. O repórter corta o Lula, incisivo, perguntando "Mesmo se a Democracia estiver sendo ameaçada?". Lula responde usando como exemplo, ou quase desejando, o fechamento da BBC, veja aqui.

Lula defende o Chavez novamente, e defendeu a Bolívia na invasão militar das refinarias brasileiras... afinal, de que país o Lula é presidente? Veja aqui. Doação caridosa, heim, sr Presidente?

O que é mais triste é que o mesmo Lula que exije tantas coisas dos países ricos é incapaz de fazer o próprio governo funcionar. Só sabe aumentar os salários dos contratados do PT e contratar mais e mais gente para inchar o funcionalismo público incompetente e falido. Defende os marginais, os ladrões de seu partido ou os assassinos menores de idade, incita greves de controladores de vôo e detona os serviços essenciais. O Lula pede respeito no início da entrevista. Entretanto sabemos que para ser respeitados, devemos merecer respeito. O Lula não fez absolutamente nada que merecesse respeito. Ele está destruindo o país. O Lula é um marginal. O meu respeito ele não vai ter.

Para abrir os vídeos, instale o realplayer clicando aqui.

Entrevista com o Lula

Eu não tenho como entrevistar o Lula, especialmente porque ele, para não expor suas maracutaias, nunca dá entrevistas. Recentemente, entretanto, houve uma interessante exceção: ele falou com o reporter da BBC no programa "Hardtalk". Claro que o reporter teve que ir à embaixada brasileira em Londres, o Lula jamais concederia uma entrevista em ambiente hostil.

Basicamente o Lula acredita que os estrangeiros são idiotas. É claro, pelas perguntas do reporter Stephen Sackur o "mito" Lula está se desmanchando rapidamente em todo o mundo. Stephen perguntou sobre a corrupção no PT, assunto do qual Lula fugiu completamente na resposta; tentou fazer com que Lula esboçasse alguma crítica ao ditador da Venezuela, Hugo Chavez, sem sucesso. Em uma interessante jogada, perguntou se Lula não tinha medo de parecer uma marionete dos Estados Unidos perante Chavez. O entrevistador deve ter notado pelo jeito escorregadio de Lula que na verdade ele é não é uma marionete de Bush, e sim uma vergonhosa marionete do próprio Hugo Chavez. Com muita clareza e excelente domínio do inglês, o reporter desmanchou completamente o caso de Lula, que provou que nem a própria língua fala direito.

A mensagem que Lula passou foi muito interessante. Segundo ele os países ricos devem ajudar os pobres, investindo neles. Em contrapartida, promete Lula, o terrorismo e as guerras desaparecerão. Será que os terroristas do Hamas e do Iraque deram procuração para esse cretino? Disse também que os países ricos tem que pagar para que o Brasil não deprede a Amazônia, mas não deu garantias de que não será depredada, pois segundo ele a Europa já detonou suas florestas. Além disso, em mais uma incongruência, o Lula ainda apoiou a tomada da Petrobrás pela Bolívia, chamando-a de "decisão soberana do povo" boliviano, ajudando a consolidar a idéia de que o Brasil não dá a mínima para os investimentos estrangeiros que o Lula pede. Será que ele acha que os estrangeiros são idiotas? O Lula está mal acostumado. Afinal, os brasileiros são roubados e não dão a mínima.

O que eu mais gostei da entrevista é que o Lula acha que está abafando. Tenta até bravatas, como comparar a BBC com o canal fechado pelo Chavez na Venezuela. Claro que o reporter nem pisca. Ele sabe que está lidando com alguém que joga sujo.

Fiz uma transcrição da entrevista. O vídeo original encontra-se aqui, anotei o tempo em verde, as falas originais em preto e a minha tradução das perguntas do repórter em azul. Divirtam-se!

Brazilian embassy London

0:55 President Lula welcome to Hardtalk

I want to ask you about your frequent claim that Brazil is no longer prepared to act like a humble third world country, you said it loud and clear, but on a host of key issues it seems to me that the industrialized world is not ready to listen to Brazil's message.

1:20 Eu penso que está. Primeiro porque a deficiência da relação internacional [sic] do Brasil se deve à forma subordinada com que uma parte da elite brasileira que dirigiu o país se colocava diante do mundo. Eu aprendi na minha vida sindical de que [sic] respeito é uma coisa importante, porque nenhum interlocutor respeita um outro interlocutor que não se respeita. Então a única coisa que eu quero é não ser melhor do que ninguém mas também não quero ser inferior a ninguém. Respeito cada país, cada presidente, mas quero ser respeitado naquilo que o meu Brasil tem de importância no mundo. Só isso.

2:10 You may want respect but the truth is on key issues, for example, your determination to see reform of the UN security council and of course, you'd like Brazil to have a seat, a permanent seat on the security council and in other key issues like the reform of the world trade in favour of developing nations, you simply have not got your own way.

2:33 Calma! Acordo é difícil, não é simples. Cê Tá lidando com interesses históricos. Eu compreendo que os 5 membros permanente [sic] do conselho de segurança não queiram mudar. Mas é preciso convencer o mundo de que não tem por que a america latina nõa estar representada, não tem por que a África não estar representada, não tem por que países da importância da Índia da Alemanha e do Japão não estarem no conselho de segurança. A segunda coisa é a OMC. Nos quando criamos o G20 também era uma coisa que nós trazíamos do movimento sindical. Ou seja é preciso organizar um conjunto de forças economicas e políticas para fazer um contraponto às forças políticas já organizadas. Então de um lado você tinah os EUA e a EU, dois blocos muito importante, um país poderoso como os Estados Unidos, que determinavam a regra do comércio pro mundo. Criamos o G20 e hoje é dificil ter qualquer negociação que o G20 não esteja presente. E eu estou otimista que vamos consegui um acordo. E vamos conseguir...

3:49 Hang on, let me just put to you the words of one of India's top trade officials who just the other day, as the WTO talks reached the most crucial stage, he said "the fact is that the industrialized countries continues to try to marginalize the concerns of the developing world"

4:10 É que eu acho que a nossa equipe de especialistas já esgotou o seu trabalho. Eu tenho dito a todos os líderes, de Tony Blair a Bush, de Angela Merkel a Prodi a presidente Chirac, de que o acordo não tem mais nada econômico, o problema agora é eminentemente político. Disse ao Pres Bush em campo david, nois vamo tê que escolhê como é que nois queremos passar para a história. Cada um de nós será marcado por aquilo qeu nos fizemos. E eu ainda brincava com o presidente Bush, quer passá para a história apenas com a imagem do Iraque ou qué passá para a história com a imagem de um presidente da República que reduziu os subsídios para ajudar os países mais pobres? A minha idéia do acordo é que qualquer coisa que nos fizermos precisa significcar um ganho efetivo para os países mais pobres do mundo. Está claro o que cada um tem que fazer. Todos nós já temos os números no bolso do colete. Isto é qui nem um jogo de pôquer. Agora só falta colocar as cartas na mesa. E a decisão agora é política.

5:25 We just spoke to Peter Mandelsohn, of course the trade commissioner of the EU, he says there are just 6 to 8 weeks left to get this deal, and if it isn't done in that time it simply will not happen, the whole process will collapse. Do you agree? Will there be a deal?

5:42 Vamos chegar num acordo. Vamos chegar num acordo. Eu estou convencido que vamos chegar num acordo. Porque se não chegarmos num acordo, muitos que falam em paz hoje não poderão mais falar em paz. Porque o acordo é a possibilidade que nos temos de permitir que os países que foram pobres durante todo o século vinte possam ser menos pobres no século 21. E não haverá fim do terrorismo ou fim das guerras se nós não dermos um equilíbrio economico no mundo dos negócios.

6:26 A lot of people across Latin America want to know why you have developed such a cosy, friendly relationship with George Bush in the USA, you just talked about how you visited
him in Camp David, when you began life as a socialist, a representative of the poor, the workers, you styled yourself "the father of the poor", America has given you very little and you still talk about your friendship with George Bush. Why?

6:57 Ma não é relação pessoal, é relação de estado. E a verdade é que os Estados Unidos têm tratado o Brasil com muito respeito, e o que eu posso fazer é tratá-los com muito respeito. As divergências que existe [sic] do ponto de vista ideológico entre eu e o Bush não está colocado [sic] na mesa de negociação. Não está colocada [sic]. E eu disse ao presidente Bush, é preciso que neste século os US tenham uma política para a America Latina diferente da política que ele teve [sic] no século passado. E essa política significa criar as condições para que a América Latina se desenvolva, fazendo investimento [sic] nos países mais pobres da América Latina. Fora disso nós correremos um risco de ter um continente ainda anti-americano.

7:45 But do you believe George Bush has been good for Latin America?

7:49 Não. Veja, eu acho que os Estados Unidos não teve [sic] uma política correta pa [sic] América Latina durante o século passado. Houve intervenções militares, que nós sabemos, que o governo da época dos Estados Unidos estava por detrás. A mudança dos Estados Unidos para a América Latina ela se dará quando não houvé ingerência política e quando houvé investimentos para que os países mais pobre [sic] se desenvolva[sic]. Fora disso[sic], as divergências vão continuar.

8:24 Right now people across the region look at the United States and they see George Bush in power and they see that for example, president Chavez in Venezuela stands up to Bush, he is prepared to take the americans on, and he, has come to represent the spirit of independence in Latin America. Perhaps you once represented that spirit, but not anymore.

8:48 Eu não quero combater os americanos! Eu quero apenas que os americanos respeitem a soberania do Brasil. Eu quero apenas ter uma relação, eu diria, amigável com os Estados Unidos, comercial, política, cultural.

9:02 But are you in danger, for example, when the brazilian government, including one of your ministers express great concern about Mr Chavez's current policies in Caracas in Venezuela, aren't you in danger of being seen as a puppet of the United States? For example, Mr Chavez just the other day, he made a speech in which he said that international rightist and fascist movements are attacking Venezuela from everywhere, from the United States and, he said, from Brasilia.

9:36 Olha, primeiro o Chavez tem suas razões para brigar com os Estados Unidos. E os Estados Unidos tem suas razões para brigar com a Venezuela. O Brasil não tem nenhuma razão para brigar com os Estados Unidos e nenhuma razão para brigar com a Venezuela.

9:52 Do you think Chavez is dangerous for Latin America

9:55 Não não num acredito. Mesmo o Chavez tem sido um parceiro do Brasil, nós temos grandes negócios na Venezuela, estamos fazendo refinarias conjuntas no Brasil e estamos fazendo refinarias conjuntas na Venezuela, eu não acredito que o Chavez represente nenhum perigo para a América Latina.

10:13 But, hang on a minute, you're a president who's always described yourself as an idealist, you've always said that development must be matched by democracy. We don't see democracy thriving in Venezuela right now, we see just in the last few days the only independent private TV station, RcTV, has been closed down. Isn't it incumbent upon you given your moral dimension to come out and criticize Chavez?

10:36 Deixa eu lhe dizê uma coisa. Primeiro nós temos que aprendê a repeitá a lógica legal de cada país. Nós temos que respeitá as decisões soberanas feitas por cada país. Eu não dô palpite nas políticas internas de nenhum país. (agressivo) Você quando é...

10:54 Even if democracy is under threat?

10:59 (ignorando o reporter, agressivo) Você quando é um ser humano comum, você pode dar palpite sobre tudo. Quando você vira [sic] chefe de Estado (dedo em riste) você fala aquilo que de forma prudente é possível falar. Eu posso responsabilizar [sic] o comportamento do Brasil na sua relação interna com a imprensa, com a televisão, e no Brasil nós fazemos um esforço (levantando a voz) incomensurável para que a liberdade de imprensa seja exercida na sua plenitude. Mas os problemas de cada país serão resolvidos por cada país. Se amanhã aqui em Londres, se amanhã aqui em Londres tivé um problema com a BBC, eu darei a mesma resposta que eu estou dando agora porque é um problema do povo ingreis [sic] da imprensa inglesa e do governo inglês.

11:50 You're trying to avoid criticizing Mr Chavez, it seems to me, but you've got a problem, because Mr. Chavez is building alliances (Lula ri nervosamente) through your region. For example with president Morales in Bolivia. He encouraged Morales to re-nationalize the energy sector. That damaged Brazil's interests, no question about it, it cost Brazil and it cost Petrobrás in particular an awful lot of money and you have been confronting Chavez (mais risada nervosa do Lula) on this issue, why are you denying it?

12:15 (dedo em riste, rindo) Ele não encorajou o Morales, é importante tê claro que o Evo Morales não era nem presidente quando o povo boliviano, num plebiscito, 92% do povo boliviano decidiu nacionalizá o gás. Era uma decisão soberana da Bolivia que nós no Brasil respeitamos. Nós temos um contrato pra recebermos [sic] 30 milhões de metros cúbicos de gás, esse contrato está sendo cumprido, o Brasil recebe o gás, e a Bolívia queria uma refinaria. Foi um negócio comercial, a Petrobrás negociou e vendeu a refinaria pa Bolívia, não tem nenhum problema. O Brasil...

12:51 You say is a trade deal, with respect, we know that (Lula ri nervosamente) Petrobrás wanted much more money for these refineries that were given, the price of gas to Brasil has risen dramatically, and you now face a situation where Brazil rise I believe 50% of its gas on a country which is being closely advised by Mr. Chavez, who you clearly do not see eye to eye here.

13:19 (risada sem vergonha) Eu acho que, primeiro o gás da Bolívia no Brasil custa 5 dólares o milhão de BTU. Não é tão caro como se fala. Segundo, nós temos um estado no Brasil (dedo em riste) em que uma empresa pagava um dólar por milhão de BTU, num era possível continuá pagando. Terceiro, a primeira pessoa que eu perguntei sobre a refinaria foi a Petrobrás, e a Petrobrás me disse: Presidente, nós tamo dispostos a vendê. Tá disposto a vendê? Então venda. Faça negócio. O Brasil, e isso é importante tê claro, o Brasil como maior economia do continente, o Brasil tem que tê responsabilidade de ajudá os países mais pobre[sic] da América do Sul a si desenvolvê[sic].

14:09 So, when members of your own government, I believe your communications minister was, said that Chavez's style of politics and what is happening in Venezuela and one can say perhaps by extension in other countries too, like Bolivia, when he said that that was a dangerous Cuban style of politics, was he wrong?

14:31 Veja, eu fiz uma crítica ao meu ministro da comunicação. Eu fiz uma crítica porque quem tem que falá com relação à relação de estado para estado ou é o ministério das relações exteriores ou é o presidente da República, ou seja, nós não podemos permitir, e eu tenho feito questão de chamar a atenção, as divergências do século dezenove de vez em quando aparecem nas mesas de negociação. Cê vai conversá com um país, aí você começa a percebê que tal país teve problema com outro em 1890, que outro país... falei gente, nós precisamo parar com as divergências do século 19, pelo amor de Deus, vamo construí as convergências do século 21.

15:14 My point is that there are now two clear models at work, there is the Chavez's model and there is the pragmatic Lula's model and in many countries in Latin America it seems that people are more interested in the Chavez's model.

15:28 (rindo nervosamente) Veja, o sonho da América Latina é que todos os países cresçam economicamente, façam distribuição de renda, e melhore a vida do povo. É assim que pensa o presidente Kirchner, é assim que pensa o presidente Chavez, é assim que pensa o presidente Lula...

15:46 Yes but you know what, president Chavez probably looks at Brazil and probably says to his own people: look, Lula's policies don't work because you still have virtually half of your national income owned by just 10% of your people, you have a tax burden that is extraordinarily high and yet government, according to the Economist magazine, simply is not functioning properly. Your model for Brazil's development doesn't appear to be delivering.

16:14 É só olhá os números econômicos. O Brasil vive o seu melhor momento destes últimos 100 anos (hahahahahha). A maior política de distribuição de renda para os pobres e a melhor política social do mundo (hahahahahaha) estamos fazendo.

16:30 Why is it then that the president who styles himself "the father of the poor" still presides over a country which is one of the most unequal of the world?

16:40 Porque se eu fizesse o milagre de resolvê em 4 anos os descasos de 500 anos, eu não seria presidente, seria Deus. O que eu estou fazendo...

16:55 You can't blame history for everything, can you?

17:00 Não, eu coloco a culpa na história

17:06 You can't blame history for the corruption in your own party, the worker's party, you can't blame history...

17:08 Quantos anos a Inglaterra levô pra chegá ao padrão que tem hoje? (agressivo) Quantos anos? Quantos anos a Alemanha levô pra chegá ao padrão que tem hoje? Ora, o que aconteceu no Brasil é que nunca houve uma política de tranferência de renda para os pobres. O Nordeste brasileiro que é a parte mais pobre do país, o consumo da classe pobre cresceu 38%. 90% dos sindicatos brasileiros fizeram acordo acima da inflação no ano passado. Isso significa redistribuição de renda. E eu não tô culpando uma pessoa, eu tô culpando um modelo de gerenciamento do Brasil que não cuidô de fazer com que os pobres tivesse uma participação na riqueza produzida pelo país.

18:05 Let's not just talk about growth rates and poverty eradication, let's talk about the future of the planet, and Brazil is gonna have a huge role to play in the future of the planet because you, of course, are responsible for the Amazon rainforest. And yet you want to turn over more and more of your land to growing crops for biofuel. Is that sensible?

18:30 (risadinha cínica) Dexa dizê uma coisa com muita sinceridade e muita objetividade. Se você pegar o que existia de floresta no mundo há 8000 anos atrás, há 2000 anos atrás, o Brasil ainda tem 68% das suas florestas. A Europa só tem 0,3%. Segundo, não tentem jogar a culpa em cima dos países pobres e em desenvolvimento pela responsabilidade da poluição do planeta. A poluição do planeta ela tem 65% de responsabilidade dos países desenvolvidos. Que são os poluidores. Que são aqueles que praticam a emissão de gases. Nós no Brasil, nós no Brasil em dois anos diminuimos...

19:26 Mr President, do you want paying to conserve the rainforest?

19:32 (lula sorri, satisfeito) Queremos conservar a floresta amazônica e acho que todo mundo que tem floresta tem que tentá conservá. Prá isso, os países ricos precisam pagá. Porque a Amazônia moram 22 milhões de habitantes e eles querem ter acesso a televisão a geladeira, a um emprego. Eles não querem ficar segregados na Amazônia. (Sorri novamente, achando-se muito inteligente) Então os países ricos precisam pagá pros países pobres que evitem o desmatamento para que eles possa adotá um modelo de desenvolvimento limpo, não poluidor, e não emissor de gás. E é isso que nós vamo discutir na...

20:16 In that context, your plan to I believe raise ethanol production by 40% in the next 3 years to 26 billion liters, doesn't make sense, you're going to be taking more farmland into production of non-food items, which is going to put more pressure on the rainforest because somehow your farmers still need to grow the food?

20:42 Eu sou obrigado a convidá-lo para vir conhecer o Brasil. Primeiro eu vou dar um número: o Brasil tem 440 milhões de hectares (essa é a metade da área do Brasil é a quantidade teórica) de terras para a agricultura. Desses, a cana utiliza apenas 1%. (aqui o Lula usa um truque sujo. Ele não diz quanto é a área efetivamente usada para agricultura no Brasil, 58 milhões de hectares - dessas a cana já é 8% e aumentando - a dúvida do reporter tem sentido. Lula torce dados para desacreditar o interlocutor que estava bem informado). A soja utiliza 4% e o gado utiliza 29%. Significa que o nosso problema não é terra e muito menos invadir a Amazônia, porque a Amazônia não é área que serve para produzir cana. O que nós queremos dizer ao mundo é que o Brasil não quer ser o único plantador de cana ou de biodiesel, não... o que nós estamos dizendo aos países ricos é que eles comecem a ajudar os países africanos a produzir um pouco de biodiesel e de etanol pra gerar emprego na África, pra gerá riqueza, porque daqui a 20 anos (dedo em riste) a África vai tê 1.3 bilhão de habitantes e aquela gente precisa comê!!

21:55 And you as you say I'm going to the G8 to make these points, so we talked with your relationship with the United States already, do you believe that the G8 countries and their leaders are ready to listen to the powerful message that you delivered to me today?

22:13 Veja, eu tenho conversado pessoalmente com cada um deles

22:20 But the cynics would say that they really haven't changed policies as a result of talking to you.

22:22 Ma vai muda... eh, sabe o que acontece, assim numa mesa de negociação as coisas são mais difíceis. As pessoas tem problemas eleitorais... a cada ano que tem uma eleição num país aquele presidente não quer tomar nenhuma atitude porque tem medo de perder as eleições. Eu compreendo. A única coisa que eu tenho certeza é que eu tenho mais 4 anos de mandato, e que nesses 4 anos de mandato eu vou batalhar para que nós, os dirigentes políticos, sejamos mais incisivos nas nossas decisões. Sobre tudo cumprir os protocolos internacionais que assinamos. (dedos em riste) Sobretudo isso!

23:09 President Lula, thank you very much for being in Hardtalk.

23:15 Obrigado a vocês.

2007-06-17

O baixinho de óculos

Esta eu surrupiei do genial blog do Magenco (clique aqui para ler mais).

O BAIXINHO DE ÓCULOS


Tarde de sábado. Quando a criança chegou, o pediatra de plantão logo sentiu que se tratava de uma emergência de verdade. A história clínica, colhida apressadamente, era típica: brincando com grãos de feijão espalhados pelo assoalho da casa, ela tivera um súbito acesso de tosse, "se engasgara, ficara roxinha", e, a partir desse momento, a respiração se tornara cada vez mais difícil. A princípio, a mãe não se assustou...; "devia ser mais uma daquelas crises de asma...; a pequena estava resfriadinha, e ela já estava acostumada"... Aplicou a "bombinha", como sempre fazia, e nada... Aí, começou a ficar preocupada e resolveu correr ao hospital.

O exame físico mostrou que o pulmão direito não estava respirando..., e o esquerdo, com broncospasmo, era o que, mal e mal, sustinha aquele fiapo de vida. Feito às pressas, o RX confirmou a suspeita diagnóstica: corpo estranho no pulmão direito. Devia ser um daqueles grãos de feijão. Impunha-se chamar o otorrino-endoscopista de sobreaviso e o anestesista de plantão, além de mandar preparar imediatamente o centro cirúrgico.

Realizada - com grande risco anestésico - a broncoscopia inadiável, a caprichosa semente foi removida a tempo, e aquele pulmãozinho, de apenas 2 anos, expandiu-se de imediato: a criança estava salva!

Os pais, que aguardavam na ante-sala do centro cirúrgico, foram logo informados, e a mãe, aliviada da tremenda tensão, pôs-se a chorar de alegria, numa copiosa catarse de emoções contidas.

Diálogo pós-operatório:


- Doutor, era feijão mesmo?

- Era, sim, senhora.

- E onde está?

- Aqui, veja! - O médico, ainda paramentado, de avental, gorro e máscara, apresentou o feijão - inchado, mas inteirinho - que se destacava, ainda úmido e brilhante, no centro de um pedaço de gaze.

- Posso ficar com ele?

- Claro! Leve e mostre às suas vizinhas. E diga, a todas elas, que criança pequena não deve ser deixada sozinha, brincando com essas coisinhas miúdas...; é muito perigoso. Como a senhora viu..., sua filhinha quase morreu... - acrescentou.

A recomendação, feita em tom de velada reprimenda, deve ter alcançado seu objetivo, a julgar pelo comentário sincero e contrito que sobreveio, quando ela exclamou, com o fervor habitual das pessoas simples:

- O senhor tem razão. Graças a Deus!...

A eterna vice-liderança:

O doutorzinho, que fora tirado da cama num sábado de tarde, quando digeria profundamente sua tradicional feijoada semanal...; que nunca seria condignamente remunerado pelo trabalho de alta qualidade que acabara de realizar..., resolveu, mais uma vez, assumir humildemente seu eterno anonimato.

No caminho de volta para casa, ao volante do seu modesto Gordini, vinha, entretanto, pensando:

"É engraçado... Quando tudo corre bem, é ‘Graças a Deus’... Eu até não me incomodo de dividir o mérito com Ele..., mas..., e quando corre mal? Aí..., o único culpado sou eu... Será que isso é justo?... E no dia seguinte, ainda estou sujeito a virar manchete de jornal: ERRO MÉDICO MATA CRIANÇA DE 2 ANOS!... Mas deixa pra lá!... Vida de médico é assim mesmo"...

Já em casa..., resignado, pois não era a primeira vez – e sabia que não seria a última – não conseguiu furtar-se ao lamento inconformado:

"Se ela, ao menos, tivesse tido a curiosidade, ou a delicadeza, de perguntar o meu nome..."

Desdobramentos e conseqüências:

Mal desconfiaria ele que, meses depois, repetindo pela centésima vez a mesma história diante de uma visita, ela se surpreendia com uma pergunta que, até então, ninguém lhe havia dirigido:

- Quem foi o médico que salvou a sua filha?

- A senhora há de acreditar que eu não sei? Vou perguntar ao meu marido... Espere só um instante... Juvenal!!!... Oh, Juvenal!!... Vem cá!

Passado um minuto, sacudindo na palma da mão o cachimbo apagado, o Juvenal, alto como um vara-pau, chega à sala, caminhando com passos indolentes:

- Que é? - pergunta, aborrecido.

- Juvenal, Como era mesmo o nome daquele doutor?

- Que doutor, mulher? - replica ele, amuado.

- Aquele que tirou o feijão do peitinho da Joana?

- Ah, não sei..., só me lembro que era um baixinho de óculos...

Sua expressão de perplexidade era visível, quando girou nos calcanhares e, com o mesmo andar pachorrento, voltou a escarrapachar-se na rede estendida à sombra entre duas goiabeiras, onde, acendendo novamente o cachimbo, pôs-se a dar baforadas com o olhar vagando à toa, enquanto, a contragosto, cismava lá com os seus botões:

- Por que diabo ela queria, agora, saber o nome do raio do médico? Que interessa isso?... O importante é que a Joaninha está viva, ora bolas!...

E, aliviado com esta definitiva e admirável dedução, ficou a resmungar coisas sem nexo, como se uma bruma espessa lhe cobrisse a mente, escondendo no nascedouro as idéias fugidias que teimosamente procurava fixar.

Enquanto isso, bem à sua frente, sentadinha no chão, inocente e dando risadinhas, a pequena brincava com os grãos de milho que as galinhas bicavam a seu redor...

E ele olhava, indiferente.

Moral da história:

Se acontecesse tudo de novo, era só levá-la ao hospital...; 'o baixinho de óculos' certamente estaria lá pra quebrar o galho... e, se não estivesse..., ‘outro qualquer estaria’...

Subitamente exausto de tão laboriosas conjeturas, tratou de apagar o cachimbo e, fechando os olhos, inebriado com aquela paz de espírito que é privilégio apenas dos simples que foram bafejados com o dom da certeza absoluta, deixou-se placidamente embalar com o pio da galinhada.

E mergulhou em sono profundo...


Mario Gentil Costa


2007-06-16

Pichar ou não pichar?

Parece que o Lula andou reclamando dos brasileiros que falam mal do Brasil. Considero-me parte envolvida, portanto vou me defender.

Para começar, os brasileiros não falam mal do Brasil. Eles falam mal do que é ruim no Brasil. Há uma diferença: quando reclamam do ambiente carregado de chumbo do Rio de Janeiro não estão falando mal do Brasil. Estão dizendo que o governo é responsável pela segurança pública e, em vez de agir, dá risada enquanto traficantes protegidos pelo próprio governo distribuem balas que na imprensa são chamadas simpaticamente de "balas perdidas".

O brasileiro até que reclama pouco para a situação que enfrenta. O pai de uma amiga minha acaba de falecer, depois de muitos anos doente. O que o governo fez? Recusou-se a restituir o imposto do pobre homem, com a justificativa de que "havia gastos excessivos com médico". O governo segurou por 3 anos o dinheiro que era dele de direito!

Aqui na Austrália é diferente. Fiz a minha declaração, com direito a restituição. O governo devolveu o meu dinheiro imediatamente após a declaração! Na verdade, em algumas situações a restituição demora 15 dias e os australianos reclamam! Eles têm razão. O governo não está dando nada na restituição: está devolvendo o que tomou indevidamente. Alguns brasileiros são tontos o bastante para achar que estão recebendo algum presente do governo...

Quando morava aí, eu trabalhava em um escritório nos Jardins, em São Paulo. No espaço de um ano foram assassinados a mulher de um funcionário do prédio e o filho de outro. Eu não ouvi grandes reclamações... só algo como "Deus quis" ou "envolveu-se com bandido". Para um prédio pequeno com 10 ou 15 funcionários, duas mortes no mesmo ano não correlacionadas é o equivalente a uma guerra civil. Não é para reclamar? O governo não se mexe? Não, e até defende os bandidos. Na última ação da polícia em São Paulo foram presos mais de 2000 e em poucos dias 1000 estavam soltos. Indulto de dia das Mães assinado pelo próprio Lula solta o PCC nas ruas para assassinar policiais enquanto Alckmin tinha alguma chance de vencer o Lula. Então tá. Novamente fica claro que o brasileiro não reclama de praticamente nada. E o Lula diz que falam mal do país.

Anna Verkholantseva, primeira harpista da Filarmônica de Moscou Quando qualquer australiano me pergunta algo sobre o Brasil eu digo a verdade. Se eles querem visitar o Rio, desaconselho. Ingênuos, não sabem se defender em um ambiente de delinquentes como esse. Como aconteceu com esta harpista russa que foi atacada saindo do hotel. Todos os dias acontece algo. Todos os turistas que vão ao Brasil tem alguma má experiência.

Na verdade, o grande problema no Brasil é saber por onde começar. Tem tanta coisa errada, tem tantos safados roubando o país, a começar pelo Lula, seu filhinho Lulinha e seu irmãozinho Vavá, que fica difícil saber onde começar a reclamar. O Brasil é hoje um país tomado por um sistema podre, uma mentalidade que ignora completamente o bom senso, e tudo o que o Lula e seu partido fazem diariamente é contribuir para a piora. Nessa sobrecarga de desfaçatez e lixo, saem-se bem. As pessoas se cansam e dizem: "pare de reclamar, veja o lado positivo". Em meio a uma guerra genocida as pessoas preferem esquecer, fugir da realidade, negá-la. Essa reação é justamente a que impede que algo melhore.

Lula é o mais perfeito cafetão da miséria e tem como únicas preocupações endeusar a pobreza, ampliar o roubo e preservar a ignorância do brasileiro coió. Se o brasileiro reclamasse de verdade, essa mamata acabaria. Ele mal reclama, mesmo quando tem que engolir algo tão nauseabundo como as mentiras que o Lula e sua corja vomitam todos os dias.

2007-06-12

Ei frei Chico

-Chico?

-Sim, meu irmão?

-Dá um toque pro Vavá, fiquei sabendo que o telefone dele tá grampeado e ele tá trazendo esse pessoal pro palácio...

-'Xa comigo, eu me dou muito com ele, vô dar um toque.

-Cuidado, o telefone tá grampeado.

-Não tem problema, não vou falar nada, só vou dar um toque pra ele.

-Não vai dizer que fui eu que avisei, viu?

-'Xa comigo.

-Se melar depois a gente fala que não sabia de nada.

-Tá.

-A gente pode falar que o Vavá é muito analfabeto e não sabe o que está fazendo.

-Tem certeza? Isso pode dar problema pra você depois.

-Não vai ter problema não. Tô acostumado a usar essa técnica. Sempre funciona!

-Ha ha ha!

-Hi hi hi!!!

2007-06-11

No topo!

Vejam quem está no topo do Google quando fazemos a busca:

"comunismo vagabundo" ou, se preferir, clique aqui

O problema é que a expressão corresponde a um pleonasmo: afinal todo comunismo é vagabundo. Ainda assim, primeiro lugar...

Vavagabundo

A defesa de Vavá, o irmão de Lula acusado de fazer lobby, é assim: o cara é tão ignorante que seria incapaz de fazer 'lobby'...

Não se trata de lobby, se trata de algo muito pior: receber grana para pedir para o irmão "mexer os pauzinhos" para alguém. Garanto que ele não é tão ignorante a ponto de não saber fazer isso. Por que será que não pediram a quebra do seu sigilo bancário, tão facilmente concedida ao Palocci no caso Francenildo?

Vavagabundo sabia muito bem pedir grana. Lulinha também é ignorante, mas sabe muito bem como encher os bolsos para trambicar concessões de TV. O Lula deveria ser considerado demasiado ignorante para ser presidente da república. Entretanto sabe muito bem transportar milhões provenientes do estrangeiro em caixas de whisky e cuecas de petistas. Só não é suficientemente alfabetizado para assinar recibo. Ainda bem para ele, né?

2007-06-07

Volta bispa volta

Finalmente as autoridades americanas cederam ao meu apelo e deram uma afrouxada no casal Hernandes.

Errinho à toa, sabe como é, tinham 50 mil dólares no bolso mas "esqueceram" de declarar.

Por sorte a bispa vai voltar para calar a boca do padre Marcelo e do Papa, seus ferrenhos concorrentes na exploração da miséria intelectual brasileira. Fiquei impressionado com a última demonstração de força da bispa, que praticamente a eleva à categoria de papisa: o próprio sumo-pontífice católico teve muita dificuldade para juntar gente ao seu redor (veja aqui).

Eu sou favorável a um tratamento justo: os católicos roubam os trouxas? Os evangélicos também tem direito. As sinagogas não pagam imposto? Por que deveriam pagar os Hernandes? Afinal, todos são iguais perante a lei, não é mesmo, Lula? Chinaglia? Vavá? Calheiros? ACM? Dirceu? Waldomiro? Freude? Delúbio? Duda? Maluf? Sarney? ... ... ...


2007-06-03

GREVUSP 2

Atenção grevistas! Os imperialistas burgueses americanos estão ensinando macacos para substituir os alunos vagabundos de letras da USP. Vejam aqui! O macaco entende inglês direitinho. Cuidado! Vão estudar logo, ou perdem as vagas de trabalho!!!

2007-06-02

GREVUSP

Cada professor que apoia a invasão de prédios da USP contra o governo do Estado está simplesmente fazendo um favor ao Lula, ajudando a destruir patrimônio público e aumentando a burrice no Brasil, efetivamente mandando o país para trás. O que é mais interessante de tudo isso é que destroem usando como combustível cargos vitalícios e dinheiro que os impostos pagaram. Vejam só: é como o modelo MST. O governo paga para eles tornarem o Brasil ainda mais maloqueiro. É por isso que quando vi uma amiga minha nesta lista de professores que apóiam a invasão, decidi que ia lhe escrever uma carta pedindo esclarecimentos. Afinal eu e você pagamos para que esta gente ensine. Depredar e destruir não é ensinar. Fazer greve é impedir o desenvolvimento intelectual dos estudantes que realmente querem aprender. É rebaixar o Brasil, usando dinheiro público. Vejam vocês também se conhecem alguém nesta lista e peçam explicações. É o dinheiro de vocês que está sendo mal gasto.

Leiam abaixo um trecho da Veja sobre um professor de verdade, reconhecido no exterior. Um professor que teve a coragem de abrir a boca contra o absurdo da GREVUSP e merece todo nosso apoio.

Por Marcos Todeschini:
O professor Elcio Abdalla é chamado para proferir palestras sobre eletrodinâmica – área da física em que é Ph.D. – em países da Europa, nos Estados Unidos e na China. Recebe nessas ocasiões tratamento cinco-estrelas, conferido aos melhores do mundo acadêmico. Na semana passada, foi praticamente linchado ao tentar dar uma aula na Universidade de São Paulo (USP). A razão: Abdalla decidiu ignorar a greve que desde o último dia 16 de maio paralisou dezoito cursos na universidade, entre eles o de física. Entrou na sala ao som de tambores e gritos em ritmo de marchinha: "O bumbo vai acabar com essa aula!". Enquanto falava sobre a teoria da relatividade a dez estudantes que, como ele, haviam desprezado a greve, ouvia o estrondo de rojões e golpes na porta. A aula terminou quinze minutos antes do previsto. Ao final, o professor apertou a mão de cada um de seus alunos: "Vocês merecem a minha admiração por virem à universidade aprender". Outros professores da Física haviam aparecido na faculdade, mas encontraram as salas às moscas. O quórum de Abdalla deve-se à fama antiga: entra greve, sai greve – e lá se vão quinze delas em seus 28 anos como professor da USP –, ele sempre aparece para dar aulas. A justificativa: "Os professores da USP não podem se comportar como empregados revoltados com o patrão – estamos numa universidade pública".


2007-06-01

Ligia Amadio e Nelson Freire


Se você estiver no Rio de Janeiro nos próximos dias, não perca esta sensacional série de concertos com minha amiga Ligia. Clique aqui para saber mais sobre ela. Tem concerto na sexta, sábado e domingo, 01/Junho, 02/Junho e 03/Junho. Clique na figura para conferir o programa. Não percam!!!