2007-09-30

Incompetência custa... e mata!

Deu no Estadão de hoje (aqui). A crise aérea custou ao país 3 bilhões de reais no ano. Daria para contratar controladores que falam inglês, por exemplo, consertar a pista de Congonhas... Isso foi só a incompetência, sem contar o roubo. O governo Lula está empurrando o Brasil em direção à Venezuela. Quando chegar lá, vai forçar a barra até que os brasileiros fiquem com inveja de Cuba. Alguns já invejam Cuba, o país-prisão do maloqueiro Fidel.

2007-09-29

Os jornalistas lulistas

Este post deveria se chamar "Os medonhos"... Diogo Mainardi os expõe em sua coluna de hoje na Veja. "Os medonhos" estavam infiltrados secretamente na imprensa. Ainda estão, mas menos secretamente. Alguns medonhos recebem agora grana diretamente das mãos do maloqueiro-mór. Melhor assim, assim sabemos o que defendem e qual a verdadeira motivação deles. Lucro pessoal, como qualquer puxa-saco de segunda. A "Lista de Mainardi":
  • Tereza Cruvinel. É lulista do PC do B. Repete todos os dias que o mensalão ainda não foi provado. E que, de fato, José Dirceu não deveria ter sido cassado. Cruvinel aparelhou o jornal da mesma maneira que os lulistas aparelharam os órgãos públicos. Quando ela tira férias, seu cunhado, Ilimar Franco, assume sua coluna.

  • Kennedy Alencar foi assessor de imprensa do PT. Ele continua sendo assessor de imprensa do PT, só que agora de maneira não declarada, em suas matérias para a Folha de S.Paulo. Ele é o taquígrafo oficial de André Singer, secretário de Imprensa de Lula. Singer dita e Kennedy Alencar publica.

  • Franklin Martins é José Dirceu até a morte

  • Eliane Cantanhêde é da turma de Aloizio Mercadante

  • Luiz Garcia é lulista, sem dúvida nenhuma, mas não consigo identificar sua corrente

  • Vinicius Mota é do grupo de Marta Suplicy

  • Alberto Dines é seguidor de Dirceu, e só se cerca de seguidores de Dirceu

  • Alon Feuerwerker, do Correio Braziliense, é do partidão, e apóia quem o partidão mandar

  • Paulo Markun, da TV Cultura, tem simpatia por qualquer um que seja minimamente de esquerda

  • Paulo Henrique Amorim é lulista de linha bolivariana

  • Ricardo Noblat era lulista ligado a Dirceu, mas pulou fora no momento oportuno

  • Leonardo Attuch, da IstoÉ Dinheiro, é subordinado a Daniel Dantas. Quando Dantas está satisfeito com o governo, Attuch é governista. Quando Dantas está insatisfeito com o governo, Attuch vira oposicionista

  • Mino Carta, por outro lado, é subordinado a Carlos Jereissati. Tem a missão de atacar Dantas. E de defender a ala lulista representada por Luiz Gushiken


Leia a coluna de Diogo clicando aqui.

Não disparem...

Na Veja de hoje, uma reportagem especial sobre Che Guevara.

"Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do
que morto". Essa frase foi gritada por um
guerrilheiro maltrapilho e sujo metido em
uma grota nos confins da Bolívia. Nunca mais
foi lembrada. Seu esquecimento deve-se ao
fato de que o apelo pela própria vida e o
reconhecimento sem disfarce da derrota não
combinam com o mito Che Guevara.

Quando ele queria executar alguém, não vacilava. Juiz e algoz ao mesmo tempo. Mereceu. O Che bonzinho é destruído pela realidade histórica. Já era tempo. Parabéns novamente, Revista Veja!

2007-09-28

Enriquecimento ilícito

No post do Edir Macedo, onde ele ensina como roubar os trouxas que vão a seus templos, encontra-se um caso típico de um canalha desonesto que misteriosamente fica cada vez mais rico. Agora vamos ver o que acontece com quem diz a verdade. Esta jornalista, Salete Lemos, foi demitida da TVE por pressão dos bancos. Desde o meu amiguinho Olavo Setúbal que meteu-se na política, tornou-se o rei do contrabando com a sua Itautec, legislou em causa própria para o seu banquinho e também ficou misteriosamente rico... até o Bradesco. Vejam aqui a verdade:



Agora, repitam comigo: qual a punição para um jornalista que diz a verdade? Sim, demissão sumária. E quem sabe uma centena de processos na cabeça, como bem sabe Diogo Mainardi.

Obrigado ao Neury pelo link!

Record News

Um novo canal de televisão promete informar a população brasileira. Este que vocês vem no vídeo é o dono do canal. Depois que prenderam a minha bispa favorita, este deveria ser o próximo.
Não deixem de ver como um canalha rouba os panacas brasileiros:

Assistir notícias em uma emissora cujo dono é um canalha desse tipo equivale a rezar em seu templo da imbecilidade. É preciso ser muuuiiito burro.

2007-09-27

É muito complicado...



Dizem-me que é muito complicado demolir as favelas. Algumas das perguntas que recebo são:

"Onde você ia colocar as pessoas?"

A resposta que dou é:

"Começa-se por demolir e reintegrar a posse do terreno público à união. Não tem coisa mais vagabunda do que deixar invadir o que é público. Constróem-se apartamentos populares, com rua, endereço, luz, água, imposto predial, todas essas taxas que favelado não paga porque rouba a luz, não tem água, não tem esgoto, etc. O aproveitamento de terreno é mil vezes melhor com apartamentos que com malocas de segunda. Se a Petrobrás financiasse construção em vez de financiar filmes sobre favelados haveria mais grana. Se o Lula cortasse a bolsa miséria e investisse em infraestrutura, haveria esgoto para os miseráveis. Se em vez de montar 40 ministérios pusesse dinheiro em re-urbanização, o problema já estaria resolvido. Não se esqueça que maloqueiro hoje paga aluguel de barraco, sim senhor, ou para o tráfico, ou para o PT."

"E a identidade cultural da favela? Não dá para demolir a Rocinha por exemplo..."

Minha resposta:

"Identidade cultural de favela é a mesma coisa que nada. Se queremos um país de favelados, deixemos as favelas crescerem. Se queremos um país decente, demolir a Rocinha é o mínimo a fazer."

"Mas e aí? Vai ter especulação imobiliária nas áreas onde há favela hoje! Os capitalistas vão fazer a festa!"

Minha resposta:

"Exatamente! Deixe que eles façam a festa, construam hotéis, apartamentos para classe A; deixem que aumente o valor dos imóveis no Rio, circule dinheiro do turismo que, contrariamente ao que pensam os petistas, está fugindo do Brasil em alta velocidade. Mais dinheiro, mais imposto, mais verbas para construir moradia decente"

"Ah, mas é muito complicado..."

Minha resposta:

"Então mude-se para a favela. Demolir é o início da melhora dessa basófia em que o Brasil está se convertendo."

2007-09-26

Lula, o escravagista

Vi no Tambosi este texto interessante sobre o endosso que o Lula dá à escravidão. Parece que o Lula também é racista, pois os dois escravos que devolveu eram negros. Veja "Lula, o senhor de escravos" aqui. O autor, Carlos Alberto Montaner, conhece a mentalidade escravagista. Afinal, Cuba e Brasil foram os dois últimos países do mundo a decretar liberdade para os escravos. Mas só no papel, porque na prática... Leia vale a pena!

Marisa Monte favelada com orgulho

Esta favelada mental famosa vai se apresentar no "Complexo do Alemão", uma favela medonha no Rio, veja aqui. Não adianta... enquanto no Brasil acharem que "Cidade de Deus" é um grande filme, "Mano Brown" é um grande filósofo e cantor, e a Favela é um nobre fim em si mesma, o Brasil não começará a Grande Demolição das Favelas.

Em vez de invadir com exército (veja aqui), a Marisa Favela Mental vai dar showzinho. Então fiquem com a favela e dancem meus queridos. Favela é chique!

2007-09-25

Rap - Favela Mental

Parece que um expoente máximo da Favela Mental foi entrevistado na Roda Viva na TV Cultura, um tal de "Mano Brown". O que fizeram os entrevistadores? Babaram de emoção com a nobreza sábia do asno. É a elevação da grotesca ignorância ao nível de santidade ideológica. Vejam como é nojenta a politização do analfabetismo neste artigo de Reinaldo Azevedo (aqui)

Hoje a Favela mental é mais poderosa e explícita do que nos exemplos que dei nos posts anteriores. Os entrevistadores já tem até medo de contrariar os rappers, como temeriam contrariar Gilberto Gil, Chico Buarque, Caetano Veloso... todos estes contribuem para a solidez da Favela Mental brasileira.

Viram por que é difícil demolir as favelas? Primeiro é preciso demolir a Favela Mental.

2007-09-24

Mais arte favelosa

Não é só "Gente Humilde" que institui a Favela Mental como norma. Milhares de músicas e marchinhas, filmes, documentários e textos escolares utilizam este artifício vagabundo. Funciona sempre do mesmo jeito, fala-se de miséria aos bem-nascidos e trata-se de estimular certas emoções cristãs. Querem ver um outro exemplo?

Lata d'água na cabeça
Lá vai Maria
Lá vai Maria


Já imaginamos o suplício de levar a porcaria da lata na cabeça no sol rachante do verão brasileiro. Os ingênuos acham que ela se chama Maria porque é um nome comum no Brasil. Lêdo engano: ela é Maria para estimular a associação com a Virgem Santa que pariu o Menino Jesus. Esta associação está sempre presente na arte da Favela Mental.

Sobe o morro e não se cansa

Aqui aparece o lado super-mulher: ela nem se cansa! O ouvinte sente inveja de um ser tão superior.

Pela mão
Leva a criança
Lá vai Maria


Como para reafirmar a santidade dessa Maria, ela leva a criança virtuosa que, talvez, venha a ser Jesus...

Maria
Lava a roupa
Lá no alto
Lutando pelo pão
De cada dia


Dá-lhe super mulher. Ela esfrega na cara de quem não sofre as virtudes da auto-imolação. A sua luta contínua e sofrida confere-lhe a superioridade moral dos santos católicos.

Sonhando com a vida
Sonhando com a vida
Do asfalto
Que acaba
Onde o morro principia


Maria no entanto sonha com uma vida melhor, que lhe é negada pelo abrupto término do asfalto, negando-lhe até o direito de andar num chão liso...

Como vêm, o método da Favela Mental é velho e usa sempre a mesma fórmula. Divirtam-se encontrando exemplos. Eu coletei dúzias. Sempre tentam enobrecer a miséria, causar um misto de culpa e pena no ouvinte que, enternecido com as próprias emoções, sai correndo para comprar o CD.

Favela Mental

Tentarei explicar o que é que eu chamo de "Favela Mental", e de onde ela provêm.

As favelas não são exclusividade do Brasil. Elas existem em qualquer lugar onde haja uma massa ignorante e miserável. Esta foto é de uma favela na India, em Bombaim. Notam a semelhança com as nossas?

Não há nada de especial nas favelas brasileiras. Eu chamo de "Favela Mental" a idéia de que as favelas são lugares virtuosos e devem ser protegidas como patrimonio cultural da humanidade. A "Favela Mental" está bem estabelecida no inconsciente coletivo brasileiro. A prova é a inacreditavel histeria que a simples idéia de demolição sumária gera. Notem que essa reação não vem de favelados, mas de gente de classe média. O que causa a "Favela Mental"? Por que o Brasil parece querer cristalizar a favela como nobre exemplo de moradia popular?

A origem deste problema é antiga. Músicos e artistas descobriram que podiam ganhar mais se cantassem mazelas de gente pobre para ricos. Era uma forma de vender emoção fácil. Os ricos, horrorizados com a situação dos pobres, sentiam compaixão. Emocionados com a própria compaixão, viam-se como pessoas boas, com o que sentiam pelos menos afortunados. A própria definição de bondade cristã. Se derramassem uma lágrima por aqueles que viviam nas favelas que eles nunca visitaram, tanto melhor...

Querem um exemplo? Vejam:

Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar


Vejam que interessante, a emoção violenta já começa aqui...

Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a como quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar


Note que quem canta está vindo "muito bem" de algum lugar e mesmo assim...

E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com quem contar

...sente inveja do pobre! Aqui começa o mito da superioridade do pobre, porque este consegue ir em frente em uma situação que o rico acha que não conseguiria. Na verdade o rico entra em pânico, com razão, só de pensar em viver em casas tão horrendas e sujas.

São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar


A primeira estratégia é a negação... "Simples" é para não dizer miserável. O negócio do "lar" é para mostrar que o residente gosta daquile lixo mesmo.

Pela varanda flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar


Aqui o autor quer mostrar algum capricho do miserável, mas as flores são feias mesmo... Notem quantas vezes no mesmo texto o autor tenta mostrar a parte 'bela' de uma casa miserável. Mesmo assim...

E aí me dá uma tristeza no meu peito

...não aguenta. Não adianta se enganar, aquilo é horrível mesmo. Mas...

Feito um despeito de eu não ter como lutar

...desvencilha-se do horror e encontra em si uma faceta nobre. Pegaria nas armas. Lutaria para salvar essa gente de viver em malocas tão miseráveis. Acha-se bom novamente porque quer lutar mas não tem como.

E eu que não creio peço a Deus por minha gente
É gente humilde, que vontade de chorar


Aqui ele desiste e "pede a Deus" mesmo não acreditando. Está assumindo a própria incompetência, mas mostra outra vez como o seu coração é bondoso: ficou com vontade de chorar. É o expurgo final.

Em Gente Humilde está a semente da Favela Mental. Não é à toa que Chico Buarque gostava tanto de cantar essa música. Sucesso fácil, garantido.

Continua... clique aqui.

2007-09-23

Ainda a demolição das favelas

Voltando ao assunto "quente" da demolição sumária de todas as favelas, gostaria de detalhar um pouco mais a proposta. As áreas enfaveladas seriam devolvidas à união, que as venderia. No caso dessa cidade que hoje é uma espécie de apologia ao favelado, o Rio de Janeiro, só a ação de demolição da Rocinha valorizaria todos os terrenos e imóveis ao redor. Com o dinheiro arrecadado pela venda construiriam habitações populares na periferia, com acesso a transporte público, e ainda sobraria dinheiro.

Eu sou contrário a deixar os favelados morando no mesmo lugar. A favela é uma aberração e como isso deve ser combatida. Há um grupo muito grande dos que eu chamaria de "favelados mentais" no Brasil. Eles merecem ser expostos e atacados. Em próximo post mostrarei de onde vem essa mentalidade e o que podemos fazer para atacá-la.

2007-09-22

Clara Nunes


Sei lá, acho que bateu o brasileirismo em mim. Essa é a maravilhosa Clara Nunes, cuja voz eu ouvia quando criança. Ela morreu por causa da incompetência negligente e criminosa de um anestesista brasileiro. Mais uma vítima do que combato neste blog. Fiquem com "Você passa, eu acho graça"

Observação: o youtube não funciona bem com conexões lentas. Para ouvir a música sem interrupções comece a tocar e imediatamente pressione o botão "pausa" (duas barras verticais)... vá tomar um cafezinho, e quando voltar verifique se a barra de progresso (barra vermelha) já completou o vídeo. Pressione "play" (flecha para a direita) e divirta-se.

2007-09-21

Nosso amigo, o favelado

O Brasil nunca me decepciona. Quanto mais óbvio o que digo, maior é a polêmica que suscita. Bom-senso nunca foi o forte do país que acha que analfabetismo é uma coisa boa, porque pura.

Uma amiga que estudou na FAU uma vez me veio, toda orgulhosa, falar sobre um projeto da faculdade para móveis e utensílios domésticos especialmente projetados para favelados. Eu disse que achava ridículo. Favelas são aberrações e como tal tem que ser combatidas. Inventar privadas para favelas só cristaliza a imundície como padrão áureo. Ela se ofendeu.

Quando mencionei neste blog a demolição como a solução definitiva para as favelas, um favelado, cujo apelido é Eduardo, me mandou um comentário interessante. Ele escreve muito bem para um favelado. Vejam aqui:

Sr. Paulo, é a primeira vez que navego pelo seu blog e a impressão que tenho é que estou a frente de um altar à arrogância e impertinência de um privilegiado observador do mundo que parece registrar obviedades, mas que esconde um enorme preconceito, uma míope compreensão das coisas, assim como um ego descomunal de uma pessoa, que através de críticas (envolventes, tenho que admitir!) inconclusivas, manipula um séquito de ignorantes e igualmente míopes. Vamos a este "post", irônico e pedagógico, que apresenta a favela como "insalubres, nojentas, perigosas, escondem traficantes, mulas de tráfico e criminosos de todo tipo". Sou favelado. Não por opção. E não me enquadro neste genérico e preconceituoso cenário.

Lamento muito a sua situação de favelado, caro Eduardo. Entretanto nada do que você disse muda o fato de que as favelas são, sim, insalubres, nojentas e perigosas, escondem traficantes, mulas de tráfico e criminosos de todo tipo. Você não disse nada para refutar a minha afirmação. Sendo assim, mantenho tudo o que disse. A verdade pode doer, mas isso não faz dela menos verdade. Quanto a eu manipular um séquito de ignorantes, bem, acho isso um tanto exagerado... Eu, manipular alguém???? Quem quiser lê o meu blog. Quem não quiser, pula fora. Simples assim.

Infelizmente não moro na Austrália, não aprecio música clássica, porém sofro no dia a dia com aquilo, que tão garbosamente é descrito por você. Sou trabalhador de família humilde, que pego condução para trabalhar e receber um salário de fome que mal dá para a alimentação. Não posso comprar os livros, nem os CDs indicados por você!

Se não aprecia música classica nem precisa comprar os CD's indicados por mim, não é mesmo? Quanto aos livros, se você me disser quais são os que você gostaria de comprar, por favor mande o seu endereço que eu e meu séquito de ignorantes míopes vamos fazer uma vaquinha para lhe enviar os livros. Eu acho que dinheiro não se deve doar, mas livros sempre fazem bem. Quanto a receber um salário de fome, acho que com o seu nível de instrução você consegue fazer melhor que isso. É só fazer um esforço para mudar. Tenho certeza que você consegue.

Não sou ateu, porque preciso acreditar em algo maior para justificar o injustificável.

Acho que seria importante repensar: para quê justificar o injustificável?

Não estou reclamando, estou batalhando por uma vida melhor. Faço a minha parte. É muito fácil criticar, falar mal de um Brasil (indigno e corrupto, involuído e com problemas de um local incivilizado e doente), quando se mora no outro lado do planeta cheio de mordomias, lugares bonitos, comida boa e oportunidades para todos.

Aqui não tem tantas "mordomias" assim. A Australia é um país capitalista onde cada um recebe de acordo com o que o mercado paga. A maior parte da população é educada e de classe média. Lugares bonitos e comida boa tem no Brasil também. Criticar não é fácil? Você não acha que seria mais fácil para mim calar a boca e continuar minha vida australiana? O maior problema do país do presidente analfabeto é que é um país que não suporta críticas. Não suporta a lógica tampouco.

Difícil é enfrentar a vida da favela, as "balas perdidas" ironizadas por você,...

Para quem só entrou hoje no meu blog, até que você leu bastante. Entretanto não entendeu bem meu post "Balas Perdidas", onde critico o conceito. Se são balas é porque alguém disparou, não é mesmo? Existe alguém que deu o tiro. Então não são perdidas. Leia novamente aqui.

...conviver com políticos e policiais corruptos, fazer contas "simples" para esticar o salário de um sub-emprego informal.

Já disse que acho que você consegue algo melhor que um indecente sub-emprego.


Difícil é não poder ficar doente, pois não temos atendimento hospitalar público decente. Mais difícil é encaminharmos nossos filhos para a escola pública, de péssima qualidade (sempre lembrada por você que, naturalmente, estudou em uma boa escola particular) que nos acorrenta a uma situação sócio-econômica sem perspectivas.

Você tem a obrigação de sair da favela. Ainda tem filhos? Pelamordedeus! Não tem vergonha de deixar os seus filhos nessa situação não? Uma sugestão de emprego para você, pagando 4500 reais ainda com assistência médica e odontológica: clique aqui. Preguiça é uma coisa muito feia, meu caro favelado.

Gostaria de pedir a você análises menos primárias e óbvias (populistas, sim você também é populista neste tipo de crítica vazia e panfletária), mais abrangentes (pois me parece que você é inteligente e capaz). Parodiando o final do seu blog, nada é simples ! o seu olhar, sim, este é simplista. Vc é bastante claro nos seus pensamentos, embora de uma mente escura e polarizada. O duro, não é entender o óbvio, e sim analisar de forma imparcial, objetiva qualquer assunto que chame a sua atenção. Sou o primeiro a recomendar a você que continue a escrever. Mas para isso, use óculos ! Seu amigo favelado, Eduardo.

Nada é simples quando não se olham as opções. Uma é sair do país, opção que eu escolhi. Existem muitas outras, entretanto. Você é inteligente, Eduardo. Acredito que seja também capaz. Pessoalmente, duvido que more na favela. Acho que a favela é que mora em você. Livre-se dela.

Favelas - porque devem ser demolidas - 2

O leitor Eduardo B. dá mais uma razão para a demolição sumária de todas as favelas:

No início dos 90 conheci uma família que tinha um terreno na divisa de São Paulo com Osasco (próximo ao Cebolão). Era uma área considerável que estava em litígio com a antiga Eletropaulo. O interessante é que a família, não a Eletropaulo, vigiava a propriedade 24 horas (8 horas o pai, 8 horas um filho, 8 horas outro filho) contra invasões. Adivinhem quem queria invadir (fazer negócios). É isso mesmo o departamento “imobiliário” do PT. A proposta na época era assim:
“Deixa entra uns 200 ou 300 barraco, você (a família) leva ?$ 100,00/barraco/mês e nos (o PT) cuidamo da infra-estrutura (maderite de 3ª) e da logística (mudança)”


Pobrismo de primeira classe... Vejam aqui a definição de cafetão da pobreza... Esqueceram de mencionar que o PT cuidaria também do "endeusamento" do favelado, o verdadeiro brasileiro.

Favelas - porque devem ser demolidas

Muitas vezes pensei em abandonar o meu blog. Pergunto-me às vezes: "Para quê escrever coisas óbvias? Todo mundo já sabe disso." Entretanto, sempre que desanimo, algo acontece. O óbvio não é óbvio no Brasil. Vamos por partes. Isto é uma favela:

Se não consegue ver direito, eu explico. É basicamente uma série de construções de madeira, sujas, insalubres, despencando do morro. Se chover mais forte, já era. Em resumo: um lugar nojento onde deveria ser proibido viver. Estão comigo até aqui? Muito bom.

Estou explicando mais esta obviedade porque hoje recebi uma reclamação: disseram-me que não se pode demolir as favelas porque elas abrigam as escolas de samba. Interessante...
As favelas devem ser demolidas por uma série de motivos:

São insalubres
Perigosas
Nojentas
Escondem traficantes
Mulas do tráfico
Criminosos de todo tipo

Elas devem ser demolidas imediatamente e os habitantes colocados em prédios de apartamentos populares. Como é no mundo civilizado. Abrigam escolas de samba? Estas que se mudem para outro lugar!

Essa história de renomear as favelas como "comunidade popular favela da rocinha" é coisa de populista vagabundo. As favelas devem ser tratadas de outra maneira. Com escavadeira e rolo compressor.

Simples, não é? Espero que desta vez eu tenha sido bem claro. Por que o óbvio é tão duro de entender no Brasil?

2007-09-20

Diogo Mainardi


Em palestra na PUC do Rio Grande do Sul ele fala de Mino Carta - "não é jornalista!", Paulo Henrique Amorim - chapa branca por excelência, Luis Nassif - "caso clássico de gente comprometida", Luís Fernando Veríssimo - "preferiu se 'apagar' para não atrapalhar a fidelidade" ao petismo. De José Janene - "Não vou respeitar 'off' de bandido, não sou padre". Os jornalistas lulistas são destroçados com muita calma por Mainardi. Muito bom!
Observação: o youtube não funciona bem com conexões lentas. Para ouvir sem interrupções comece a tocar e imediatamente pressione o botão "pausa" (duas barras verticais)... vá tomar um cafezinho, e quando voltar verifique se a barra de progresso (barra vermelha) já completou o vídeo. Pressione "play" (flecha para a direita) e divirta-se.

2007-09-17

Exclusão social vem do socialismo!

Não percam, Roberto Campos detona neste segmento a "base" do pensamento petista. Perfeito!
Observação: o youtube não funciona bem com conexões lentas. Para ouvir sem interrupções comece a tocar e imediatamente pressione o botão "pausa" (duas barras verticais)... vá tomar um cafezinho, e quando voltar verifique se a barra de progresso (barra vermelha) já completou o vídeo. Pressione "play" (flecha para a direita) e divirta-se.

2007-09-16

Fetichismo bananeiro

Genial a explicação de Roberto Campos sobre o problema da mentalidade fetichista de umbanda do brasileiro. A imbecilidade dos conceitos: "O petróleo é nosso", "O ferro é nosso", "reserva de mercado da informática"... Imperdível!

Obrigado a Otacílio Guimarães pelo link!

Observação: o youtube não funciona bem com conexões lentas. Para ouvir sem interrupções comece a tocar e imediatamente pressione o botão "pausa" (duas barras verticais)... vá tomar um cafezinho, e quando voltar verifique se a barra de progresso (barra vermelha) já completou o vídeo. Pressione "play" (flecha para a direita) e divirta-se.

2007-09-15

Qual crescimento?

Os países tem que ser comparados uns com os outros. Aqui vão os dados que tirei da Economist. Qual é o país que cresce a passo de cágado, o da linha verde? Pois é, Lulândia. A Argentina cresce mais. A Índia cresce mais. A China cresce mais. O Chile cresce mais. A Rússia cresce mais. A Austrália cresce mais. A diferença? O Brasil esmaga sua classe média, e a classe média é o motor do crescimento de qualquer país. Mesmo esse crescimentozinho do Brasil não é sustentável a médio prazo. E a renda "du trabalhadô" ainda é menor que em 1993. Lula investiu menos em saúde do que FHC. Menos em educação. Menos em infraestrutura. Mais em assistencialismo comprador de votos. Jogou fora grana em corruptos de todos os calibres, como nunca antes nesse país. Entulhou invasores e arruaceiros de dinheiro da União. Evitou que se prendessem assassinos vagabundos, como os de João Hélio. Eu me pergunto então, qual crescimento? A vergonha da turma do PT também só diminui.

Kenny para o senado... brasileiro

Kenny é um limpador de privadas australiano que tem orgulho do que faz. Mais do que orgulho, é um apaixonado pelo seu trabalho. E é um gentleman.

É o herói do filme homônimo, que não sei quando vai passar por aí. Assisti ontem à noite e me escrachei de rir. Clique aqui para o site do filme.

O bom de Kenny é que ele não foge da raia. Após sugar o Canalheiros e o Merdandante, promete limpar a Câmara e... o fedorentíssimo palácio do Planalto.

Uma coisa é certa: depois de assistir Kenny, ir ao banheiro nunca mais será a mesma coisa.

2007-09-14

Darwin e Religião - 2

No post número 1 desta série (clique aqui) eu falei do interessante problema que a teoria de Darwin causou às religiões. No fim do post eu tinha prometido explicar como as religiões se apossam dos ensinamentos de Darwin. Aqui vai...

Não é difícil perceber que os filhos de religiosos tem uma tendência a seguir a mesma religião dos pais. Os filhos de católicos são criados católicos, fazem primeira comunhão, se não se casarem na igreja a tia chora e quando a avó morre vão todos à missa... Essa tendência aparentemente se deve à educação. Não há, dentro do que se sabe, uma tendência inata a ser religioso. Será mesmo?

Os religiosos notaram o fenômeno da "hereditariedade da crença" há muitos milênios e por isso incentivam a reprodução desenfreada para aumentar o número de fiéis. Todas as grandes religiões de alguma maneira proíbem métodos contraceptivos, algumas chegando ao ponto de proibir o uso da camisinha. Para quê? Para aumentar a liberdade de Deus em "dar um filho" para quem não quer ou não pode ter? A verdade é que a única razão é a de aumentar seus próprios rebanhos. Se a pobreza aumenta, não importa: é até melhor! As religiões justificam assim seus programas de assistencialismo aos miseráveis e aproveitam para pregar aos que estão mais fragilizados.

Nenhuma grande religião trabalha para extinguir a pobreza. Também, só uma anta não percebe: elas incentivam os pobres a ter 20 filhos... Os católicos ainda vem com essa babaquice de dar uma dimensão de "pureza" à miséria.

Entretanto, imaginem que houvesse uma tendência genética a ser crédulo. Os mais crédulos, seguindo a receita da própria religião, reproduzir-se-iam ainda mais, passando adiante seus genes de credulidade. O mundo tenderia a ficar cada vez mais religioso. Não é o que está acontecendo agora mesmo?

Os mais crédulos também ficam cada vez mais pobres. Antigamente os pobres morriam de fome e de doenças, hoje morrem proporcionalmente muito menos. O efeito de multiplicação dos crédulos é hoje amplificado pelas vantagens da vida moderna.

Eugenia, apoiada por darwinismo e etologia. Bem assustador. O Vaticano e o Islam não são tão diferentes neste importante detalhe. O Nazismo de Hitler tampouco.

2007-09-13

Distinguindo incompetência de má fé

Às vezes é difícil distinguir incompetência de má fé. O motivo é que tanto o trambique como a estupidez têm uma aparência similar, à primeira vista. Por exemplo, imaginemos que o banco faz repetidos erros na nossa conta. Se for incompetência, ora o nosso saldo aumenta, ora diminui. Se for má fé, somente diminui. O problema é um pouco mais complicado do que isso, mas o princípio geral é válido.

Digo isso porque estou farto de ver que as pessoas não perceberam o princípio geral do PT e do governo do Brasil. O governo brasileiro parece incompetente porque não faz nada. Entretanto, o problema não é competência: é má fé. Afinal o que é que o nosso governo defende?

Nunca se mexem para melhorar o Brasil, mas quando há que defender um corrupto como o Calheiros, há uma movimentação frenética que chega até o presidente. Isso é incompetência? Sempre conseguem o que querem.

Quando há que defender uma mãe que teve o filho destroçado por bandidos nunca fazem nada. Mas ai de quem queira prender os assassinos... até o presidente intervem! Isso é incompetência?

O presidente do Brasil é ralé. Por isso ataca a elite. Por isso defende a ralé. Para ele, o direito de a ralé roubar e matar é um direito sagrado. Ele representa fielmente seus eleitores.

Ralé é quem se deixa comprar por 50 reais, ou por um milhão. Ralé é quem não estuda e sabota universidades. Ralé é quem rouba, invade e mata. Ralé é quem defende a ralé, apelidando-a de "os coitadinhos". A ralé quer que a elite trabalhe para eles e que ainda passem toda a vida pedindo desculpas. Já conseguiram, no Brasil. Isso é incompetência?

Os jornais falham em explicar quem é o Lula e a quem representa. Falham em explicar exatamente o que ele defende. Falham em expor seus verdadeiros objetivos. Isso sim é que é incompetência.

A menor máquina de copiar

Se gostou do vídeo anterior (clique aqui para ver), vai adorar este. Mostra em detalhes o processo de "enrolação" da compridíssima molécula de DNA. Dois metros desta "fibra" estão enrolados tão precisamente que cabem no minúsculo núcleo de cada uma das nossas células. A segunda parte mostra a cópia do DNA, como a menor máquina de copiar que existe reproduz o coração da vida. Qualquer vida, desde os esporos de um fungo até a ponta das folhas da sequoia, desde a reprodução da pulga até o crescimento da unha de um elefante! É lindo!


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2007-09-11

Um pouco de respeito

Tenha um pouco de respeito... assista o vídeo para ver do que falo. Muito bom!

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Idéias vivas

Idéias não tem vida própria. Elas precisam de pessoas que as transmitam, modifiquem, adaptem, explorem ou divulguem. Mas da mesma maneira as pessoas não sobreviveriam sem ambiente, sem plantas, sem um mundo que as sustentasse.

Imaginemos por um momento que as idéias sejam seres vivos. Elas se reproduziriam quando alguém conta sua idéia a outra pessoa. Teríamos assim a idéia original na cabeça de seu formulador e uma cópia na cabeça de seu interlocutor. Às vezes as idéias se reproduziriam em massa. Isso seria o caso de quando alguém transmite uma idéia pela televisão e milhões de pessoas a reproduzem em suas cabeças quando a entendem.

É preciso dizer que não basta explicar algo para que a outra pessoa gere uma cópia da idéia em sua cabeça. É necessário que a idéia seja entendida e seja aceita. Uma vez entendida e aceita juntam-se as condições para que essa idéia se reproduza novamente, quando este que a entendeu a passa adiante.

Há literalmente milhões de idéias circulando no mundo. Desde uma receita de bolo até manipulações matemáticas, desde técnicas de cirurgia até teorias políticas, desde configurações de circuitos elétricos até a teoria da gravidade. Nesta gigantesca confusão, notamos que as idéias também competem entre si. Como?

Há idéias que automaticamente excluem outras. Por exemplo a idéia de que "todos os políticos são ruins" exclui automaticamente a idéia de que possa haver um político bom, inviabilizando a idéia de democracia. Se todos forem ruins, não poderá haver representação democrática e a democracia é impossível. Algumas idéias excluem outras em maneiras ainda mais sutis. Por exemplo, a idéia de que elite é uma coisa ruim - ainda que os dicionários discordem - é espalhada com uma facilidade incrível no no ambiente de mentes brasileiras para as quais um dicionário é, no máximo, um ítem para decorar uma prateleira.

Como em um eco-sistema, as idéias às vezes se agrupam em um conjunto internamente coerente. Assim, é muito raro que um religioso fervoroso seja também um cientista. Porque? Por que o religioso tem inculcada na cabeça desde pequeno a idéia de que o maior valor é a sua fé. Fé consiste em acreditar em coisas sem ter nenhuma evidência, anulando a própria capacidade intelectual, contrastando frontalmente com o eco-sistema da mentalidade baseada em realidade. Assim, certas idéias proliferam facilmente em ambientes nos quais outras não tem a menor chance. Um exemplo é a idéia da aparição da Virgem Maria em um ambiente de crédulos carolas.

Há também o fenômeno da evolução das idéias. Elas variam ou se adaptam aos "ambientes mentais" que encontram. No século 17 o conceito de escravidão era totalmente aceitável, enquanto agora é até difícil imaginar o que faria as pessoas abraçarem tal barbaridade. Conceitos mutam e evoluem. Religiões ficam mais radicais ou mais moderadas, de acordo com os conceitos existentes na cabeça das pessoas.

Fica uma pergunta: quais são as idéias que prosperam no ambiente mental do Brasil de hoje? Quais serão as consequências futuras da proliferação de tais idéias?

A idéia de pensar que as idéias estão vivas - claro que esta é também uma idéia - foi surrupiada por mim do conceito de "meme" do livro "O Gene Egoísta" de Richard Dawkins. Se você nunca leu este fantástico livro, eu recomendo. É uma boa idéia.